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Diogo del Corso fez MBA na China e Espanha e decidiu investir em um negocio próprio. Ele abriu uma cervejaria. | Hugo Harada/Gazeta do Povo
Diogo del Corso fez MBA na China e Espanha e decidiu investir em um negocio próprio. Ele abriu uma cervejaria.| Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo

Buscar uma formação no exterior costuma ser um desejo comum a boa parte dos profissionais, em especial dos recém-formados. Antes de fazer as malas, é preciso avaliar com atenção itens como a escolha da instituição e o curso que se pretende frequentar, para que os planos de incrementar o currículo sejam concretizados com êxito. Analisar o mercado e (tentar) diagnosticar habilidades valorizadas ou que estejam em falta nas empresas é outra dica dos especialistas.

“O mercado funciona [na base da] oferta e demanda. Hoje, existe um volume grande de pessoas que procuram fazer idiomas ou trabalhar em casas [de família] no exterior, o que acaba não sendo tão valorizado pelo mercado, [que busca a] raridade”, aponta Alexandre Weiler, consultor de carreira da Esic Business & Marketing School.

Estudantes buscam métodos alternativos para aprender idiomas

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Por isso, a sugestão do consultor é a de que os estudantes invistam em programas de pós-graduação ou de MBA’s, que oferecem maior diferencial competitivo na hora de se pleitear uma vaga. Weiler não descarta o grau de validade dos cursos de idioma, mas lembra que há softwares e cursos online que oferecem tal formação. “Além disso, com 5% ou 10% a mais do que se investe em um curso de línguas é possível fazer um programa de formação executiva”, afirma.

Curso

Diante da variedade de cursos ofertados pelas instituições estrangeiras, buscar orientação e assessoria profissional é outra dica para não errar na escolha da formação e fazer com que ela possa trazer benefícios no futuro.

“Nosso mercado está passando por uma transformação fortíssima. Muitos postos [de trabalho] irão desaparecer, outros irão surgir, então é importante optar por algo que será útil no médio e longo prazo”, sugere Weiler.

Conversar com ex-alunos para conhecer a avaliação que eles fazem da instituição, da formação e da experiência que tiveram é outro item que deve ser verificado, como explica Taís Targa, psicóloga, mestre em Educação e coaching em empregabilidade e transição de carreira da TTarga, empresa especializada em recolocação profissional, transição de carreira e coaching.

A profissional acrescenta que o estudante deve buscar programas e/ou instituições que recebem alunos de todas as partes do mundo, e não apenas do Brasil ou da América Latina. “Além do domínio do idioma estrangeiro e do intercâmbio cultural, isso faz com que o profissional desenvolva a habilidade de se adaptar a diferentes rotinas de trabalho e de produtividade e amplie seu networking internacional”, explica.

Fugir de destinos tradicionais (como Estados Unidos, Austrália e Canadá) e buscar a formação na China ou na Europa é outra opção interessante, de acordo com Weiler. Ele lembra que a União Europeia conta com o chamado Processo de Bolonha, um acordo educacional entre as instituições de ensino do continente que faz com que os certificados tenham validade em todos os países que o integram, o que potencializa o grau de competitividade da formação frente ao mercado de trabalho.

Qualidade

Para avaliar a qualidade da formação, a dica é verificar os cursos e instituições bem classificados nos rankings e/ou que sigam parâmetros estabelecidos por reconhecidos órgãos internacionais. Entre eles estão os conselhos Internacional de MBA Executivo e Latino-americano de Gestão, como lembra o consultor Weiler.

Planejamento

Avaliar a situação atual e ter em mente aonde se pretende chegar profissionalmente são outras questões que devem ser analisadas com cautela antes de se buscar uma formação no exterior.

O consultor de carreira Alexandre Weiler, da Esic Business & Marketing School, explica que se a pessoa está bem colocada no mercado, vale tentar negociar com a empresa a possibilidade de um “período sabático” para a formação. Se isso não for possível, deve-se avaliar se o profissional pretende continuar na empresa por muito tempo, o que tornaria mais atrativa uma formação no Brasil.

“Agora, se a pessoa pretende migrar a carreira para outra área ou se é analista e quer chegar à diretoria, pode valer a pena se planejar financeiramente e dar o passo, colocar a ‘faca no dente’ e enfrentar o mercado”, sugere.

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