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A taxa de escolarização das pessoas de 15 a 17 anos ficou em 87,2% em 2017, mesmo nível de 2016, mas apenas 68,4% dessa população estavam na série de estudo adequada, ou seja, cursando o ensino médio.

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Isso significa que cerca de 1,3 milhão de adolescentes dessa faixa etária estão fora da escola, enquanto outros 2 milhões estão atrasados, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados nesta sexta-feira, 18, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A escolarização dos jovens entre 15 e 17 anos é mais uma meta intermediária do Plano Nacional de Educação (PNE) 2014 que não foi alcançada. O objetivo era universalizar a escolarização nessa faixa etária ainda em 2016.

O problema afeta mais os homens. Entre a população masculina de 15 a 17 anos, apenas 63,5% estavam na série adequada. 

Para as mulheres, a taxa é maior, de 73,5%. Pessoas com a pele preta ou parda também são mais afetadas: 63,5% dos pretos ou pardos de 15 a 17 anos estão fora da série adequada.

Os dados do IBGE mostram como o atraso escolar e a evasão avançam conforme os estudantes vão ficando mais velhos. Na faixa etária de 6 a 10 anos, 95,5% das crianças estavam adequadamente nos anos inicias do ensino fundamental em 2017. 

Na faixa etária de 11 a 14 anos, o indicador já cai para 85,6% das pessoas. Ou seja, 1,3 milhão de crianças de 11 a 14 anos frequentavam a escola fora da etapa adequada e 113 mil estavam fora da escola.

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Reforma do ensino médio

O novo ensino médio, alvo de protestos e ocupações de escolas em 2016, pretende reduzia a evasão dessa etapa da educação. 

Até 2021, o governo federal quer colocar em prática dois pontos da reforma descrita na Lei 13.415 de 2017. O primeiro é fazer com que o aluno deixe de ter as 13 disciplinas previstas hoje nos 1º, 2º e 3º do ensino médio para escolher uma área do conhecimento para se aprofundar. 

Ou seja, em 40% do tempo dos três anos do ensino médio o aluno deverá se aprofundar em um dos seguintes cinco itinerários formativos: Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza, Ciências Humanas e Formação Técnica e Profissional. 

Seriam obrigatórias nos três anos apenas as disciplinas de Português e Matemática. Filosofia, Sociologia, Educação Física e Artes devem ser dadas, mas é a BNCC que definirá quanto da carga horária caberá a cada uma dessas matérias. 

A segunda meta do governo é implantar a educação integral do ensino médio, das 2.400 horas nos três anos adotadas hoje para 4.200 (1.400 horas por ano).

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