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As mudanças para o vestibular 2006 da Universidade Federal do Paraná (UFPR) diviram as opiniões de diretores de cursinhos pré-vestibulares de Curitiba. Algumas agradaram e outras incomodaram.

O diretor do curso pré-vestibular Expoente, Renaldo Franque, gostou de algumas mudanças do vestibular 2006 da UFPR, mas não aprovou outras. Para ele, a criação da categoria de treineiros é uma ótima medida. "Nós até incentivamos nossos alunos a participar do vestibular mesmo sem poder se matricular caso fosse aprovado. A universidade evita com isso também uma série de problemas, pois existem casos de pais de alunos que entravam na Justiça para obrigar a instituição a matriculá-los", conta.

Mesmo assim, Franque acha que a UFPR deveria dizer se o candidato treineiro passaria ou não no vestibular. "Só fazer a prova e ficar sem saber se passou ou não, não adianta", lamenta. Outro problema apontado é a antecipação das datas do processo seletivo. A universidade adiantou em uma semana o período das duas fases. "Nós temos 30 semanas para concluir toda a programação do conteúdo e para isso vamos ter que dar algumas aulas nos domingos. Nós sabemos que os alunos têm que estudar muito, mas muito mesmo para passar no vestibular da UFPR e o cansaço atrapalha o aprendizado", reclama.

Sobre a terceira fase, Franque considera que a novidade descaracteriza o vestibular. "Não concordo muito, acho que pode espantar os alunos. Se você faz um vestibular, quer passar logo e se livrar daquilo. Imagine esperar seis meses para saber se passou ou não...", critica o diretor do curso Expoente.

Já Renato Ribas Vaz, superintendente de ensino do Grupo Positivo e responsável pelo curso pré-vestibular Positivo, acredita que na realidade as mudanças não foram muito grandes. "Não houve nenhuma mudança de impacto. Não vejo problema nenhum no fato de mudar a data. A categoria dos treineiros eu acho interessante, um avanço. Os candidatos que passavam mas não podiam estudar na universidade desestruturavam o vestibular. Outra mudança foi que o número de candidatos classificados para a segunda fase diminuiu, mas para mim isso não muda muita coisa", afirma.

Para Vaz, a terceira fase não representa também grande novidade. "Poucos alunos são interessados nos cursos em questão (Matemática, Matemática Industrial e Estatística)", finaliza.

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