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Confira dicas para escolher a melhor escola para seu filho |
Confira dicas para escolher a melhor escola para seu filho| Foto:

Matrículas

Confira o calendário:

Escolas públicas

Nestas instituições as rematrículas são automáticas e acontecem entre 3 e 19 de novembro.

Atenção a outras datas:

- 3 a 19 de novembro: alunos de instituições particulares ou de outros estados que queiram uma escola pública (todos os anos exceto 5º ano ou 1º ano do ensino médio, que devem fazer entre 13 a 17 de dezembro).

- 29 de novembro: para quem tem interesse em mudar de uma escola pública para outra.

- Todas as matrículas são feitas diretamente na escola de interesse.

Escolas Particulares

Começa em setembro e vai até dezembro, na maioria das escolas.

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Eles procuraram e encontraram

A pequena Isabella Vialle Bonetti tem apenas 4 anos, mas a mãe, Karina Vialle Bonetti, não pensou duas vezes na hora de mudá-la de colégio. Além de querer que a menina aprendesse inglês desde cedo, era preocupada com as atividades extras e com o ensino de uma outra cultura que não apenas a brasileira. "Fui atrás de um local que além dessas características tratasse minha filha com cuidado e pelo nome. Não queria que ela fosse mais um número."

Karina foi a algumas escolas conferir cada detalhe: estrutura, sala de aula, conversou com os professores. O resultado foi o que esperava. "Estou muito contente com o que tenho hoje. Ela fala alguma coisa de inglês e gosta muito de ir à aula", conta.

Assim como ela a publicitária e professora Juliana Pereira de Souza sabia exatamente o que queria na hora de escolher um colégio para o filho João Victor, de 9 anos. "Buscava algo além da estrutura física. Queria que o local fosse uma extensão do estilo de vida que oferecemos a ele, com práticas sociais, culturais e afetivas. Por isso prestei bastante atenção se na escola pretendida as crianças pareciam felizes."

Mas a busca não foi fácil. Como João vai ao colégio desde os 4 meses, neste começo ela e o marido visitaram seis escolas diferentes. "No ensino fundamental o colocamos em uma bem tradicional, porém enorme. Como tinham muitos alunos, meu filho ficou triste e desanimado e resolvi mudar". Na escolha da nova escola João Victor também participou. Ele foi com a família conhecê-la e ficou lá por alguns dias como experiência. O resultado foi positivo e agora a família aplica o que aprendeu na escolha do colégio da filha mais nova, Manoela, de 4 anos.

  • O estudante João Victor com os pais no Colégio Novo Ateneu: sucesso na escolha depois de uma busca intensa
  • Gean Marcel Franco com a esposa e a filha Júlia: boa estrutura da escola foi fundamental na hora da escolha

As escolas estão com matrículas para o próximo ano abertas. Para os pais, o mo­­mento é de dúvidas: onde colocar o meu filho? A ansiedade causada pela busca da melhor opção pode ser resolvida na ponta do lápis. Os especialistas recomendam que a família faça uma lista com as características desejadas e vá um busca da instituição de ensino que mais se adeque às suas necessidades. Mas atenção: segundo o professor de Pedagogia da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Odilon Carlos Nunes, não existe escola perfeita, mas sim aquela que atende o maior número possível de requisitos procurados. Por isso, pegue papel, caneta e bata perna em visitas aos colégios até se sentir seguro para fazer a matrícula. Siga as dicas do professor Nunes, de Maria Letízia Marchese, coordenadora de atendimento psicopedagógico e professora da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP), e da professora de Pedagogia Ermelina Bontorin Thomacheski, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).

Perto ou longe

O acesso à escola pode facilitar o dia a dia da criança e de quem a leva ao colégio. Se ela tiver de ficar muito tempo dentro do carro ou de qualquer outro tipo de condução, pode se sentir cansada e entediada e, quando chegar para estudar, ter vontade de dormir e não prestar atenção nas aulas. Além disso, o estudante vai precisar acordar mais cedo para chegar no horário, o que nem sempre é uma tarefa fácil.

Segundo os educadores, não dá para se prender à distância como fator decisivo na escolha, mas dependendo da disponibilidade de tempo dos pais, uma escola longe de casa pode diminuir a frequência em reuniões ou festas. Hoje há muitas opções de bons colégios e dá para achar um assim perto de casa, que não leve mais de meia hora para chegar.

Tamanho da turma importa

Escolas muito grandes podem assustar os pais e causar preocupações quanto à atenção que será dada ao filho. Mas é consenso entre os educadores de que o importante é o tamanho da turma em que ele vai ficar, não da instituição. Ninguém quer que a criança seja mais um número, mas sim que ela seja chamada e reconhecida pelo nome. O ideal é que a sala tenha no máximo 30 alunos.

Em geral, mesmo as escolas grandes separam espaços e horários diferentes para cada etapa: educação infantil, ensino fundamental e médio. Este é um ponto a ser observado. Os pais devem ir ao colégio e ver se existe mesmo um lugar separado para cada idade, se os pequenos poderão brincar em ambiente próprio ou se terão acesso à cantina antes dos outros, por exemplo.

Na linha

Cada instituição adota uma linha disciplinar voltada aos valores que quer passar aos alunos. "Eles devem bater com os da família, se não haverá um conflito entre o que a criança aprende em casa e o que vê na escola", diz Ermelina. Mas , por outro lado, os pais também podem procurar um escola que tenha conteúdo balanceado com a educação dada em casa. "Se a família é rígida, melhor achar uma escola menos rigorosa e vice-versa, porque a criança precisa saber que os vários ambientes da sua vida são diferentes e se adequar a cada um deles", explica Maria Letízia.

Quando a questão é pedagógica, é fundamental que o colégio seja democrático, que permita que os alunos participem das decisões, como por exemplo de eleições para eleger representantes de sala. "Escola é lugar de conversa e diálogo. Para uma boa formação o estudante tem de participar disso", diz Nunes. Para descobrir se o local desejado funciona assim, ele aconselha uma conversa com o diretor, professores ou até com os alunos.

Preço não é documento

Avaliar uma escola pelo valor da mensalidade não é indicado. Nem sempre preço elevado é sinônimo de qualidade. Segundo a professora de Pedagogia da Universidade Positivo e coordenadora da Escola Anjo da Guarda, Maísa Pannuti, muitas vezes a mensalidade não é revertida em estrutura física ou pedagógica. "O importante é que o local atenda as características desejadas, independente do preço."

Mas para quem quer investir em educação sem comprometer o orçamento, o diretor do curso de Ciências Econômicas da PUCPR, Carlos Magno Bittencourt, recomenda que os gastos com essa área não ultrapassem de 20% a 25% da renda familiar entre mensalidade, despesas com transporte, lanche e material.

Bons professores, ótimos resultados

Embora o conteúdo seja, por lei, o mesmo em todas as escolas, existe uma grande diferença na forma como ele é transmitido e esse papel cabe ao professor. Por isso, antes de tudo é preciso checar o corpo docente. Ele tem de ser capacitado, graduado e se preocupar em formação continuada. Para ter essas informações, os pais devem conversar com o diretor e com a pessoa que dará aula a seu filho. É indicado que a escola tenha professores com bastante tempo de casa. Se a instituição contrata e despede com muita facilidade, é porque está acontecendo algo de errado. Além dos professores, o material didático utilizado faz diferença. Recomenda-se que a família olhe e folheie os livros ou apostilas para ter uma ideia, por comparação entre cada escola visitada, do que parece mais completo e adequado a cada idade.Fora o que aprendem em sala e em horário de aula, as atividades extracurriculares oferecidas demonstram a dedicação do professor e sua preocupação em expandir os limites do conteúdo do programa. É importante checar se a escola oferece atividades como feira de ciências, feira do livro e outros projetos experimentais e interdisciplinares.

De olho na estrutura

Um ambiente novo e bonito pode ser agradável aos olhos, mas não necessariamente ser funcional. Na hora de observar a estrutura física escolar deve-se ficar atento se o local oferece segurança – muros altos e portaria com um monitor responsável – se a sala de aula está em bom estado, se existem laboratórios de ciências e informática, sala de artes e área de esportes e lazer com espaço amplo.

O engenheiro Gean Marcel Franco, pai da Júlia, de 3 anos, Prestou atenção a todos os detalhes antes de escolher o colégio da filha. Fiquei muito atento a tudo. Investiguei primeiro a segurança, se era bem controlado na hora de entregar a criança, depois parti para a estrutura: tamanho da sala, variedade de área de lazer e esporte, acesso a várias atividades extras", conta. Ele chegou a visitar mais de oito instituições antes de decidir.

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