O fechamento dos portões para o Enem terminou em confusão na Uninove, na Barra Funda, zona oeste de São Paulo. Segundo pessoas que estavam em frente à universidade, o portão foi fechado um minuto antes das 13 horas, horário oficial, porque o relógio na entrada do prédio estaria adiantado.
Desesperados, estudantes tentaram, então, entrar por meio das grades da universidade, mas foram contidos por seguranças. A Polícia Militar ajudou a retirar o grupo do prédio. “Fui no portão errado, lá atrás. A sinalização estava ruim. Quando entrei no prédio B, não era lá”, afirmou um dos estudantes.
Na Unip, na região da Liberdade e da Vergueiro, zona sul da capital, os candidatos também reclamaram que o local estava mal sinalizado.
A senhora Eli Santana, 59 anos, vai ter que esperar um pouco mais para realizar o sonho de fazer a faculdade de moda. “Fui no outro prédio e cheguei lá com dez minutos de antecedência. Só depois me informaram que estava errado. Cheguei com os portões fechados”, disse ela à Folha.
Eni, que anda com auxílio de uma bengala, disse que voltará amanhã para fazer a prova. “Não vai adiantar, porque é só 50%, mas eu vou fazer” disse ela, com lágrimas nos olhos.
Com os portões fechados, a espera agora é dos pais. Alguns deles estão sentados nas muretas em frente aos locais de prova esperando seus filhos, esperando por bons resultados, que vão sair apenas no meio da tarde.
Ao todo, 7,7 milhões de estudantes se inscreveram para participar do exame que é composto por quatro provas objetivas, cada uma com 45 questões, e uma redação. O exame vale vaga na maior parte das universidades públicas do país.
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