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Não é preciso sofrer: os estudantes devem repensar a forma de encarar os estudos. | André Rodrigues/ Gazeta do Povo
Não é preciso sofrer: os estudantes devem repensar a forma de encarar os estudos.| Foto: André Rodrigues/ Gazeta do Povo

Na reta final dos estudos para as provas do Enem e dos vestibulares é possível quebrar a seriedade na hora de revisar a matéria, e, acredite, isso é benéfico para o aprendizado. Há anos, professores de cursinhos são conhecidos por usar recursos que são cientificamente comprovados para aliviar o estresse e ajudar na memorização de conteúdos: bom humor e descontração.

Não é preciso partir para a palhaçada. Fazer associações divertidas com as disciplinas pode tornar a rotina de estudos mais leve e produtiva.

Método das quatro etapas torna o estudo para o Enem mais leve e eficiente

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A educadora norte-americana Mary Kay Morrison se dedica há mais de 20 anos a explorar os efeitos do humor e da diversão na educação e incentiva professores a darem mais risadas com seus alunos. Segundo a pesquisadora e autora do livro Using Humor to Maximize Learning (em tradução livre, Usando Humor para Potencializar o Aprendizado), aprendemos melhor por meio das emoções, que geralmente se tornam negativas durante períodos que antecedem os testes.

Com humor é possível usar o filtro emocional para armazenar o conhecimento na memória de longa duração. Uma das principais bandeiras da norte-americana é que se use mais diversão e humor como alternativa ao medo que acompanha a preparação para exames escolares.

“Os alunos podem repensar a forma de encarar os estudos para testes. Rir é uma maneira efetiva de conter a pressão e o nervosismo que atrapalham na hora da prova. Cérebros estressados não funcionam bem”, explica Mary.

Com mais de 45 anos de experiência, o professor de física Filipe Oliveira cria paródias de músicas, como “Asa Branca”, de Luiz Gonzaga, para reforçar o conteúdo.

“Com as paródias conectamos o hemisfério lúdico com o hemisfério exato do cérebro. Criar essa ligação com a música torna o conteúdo fresquinho e mais fácil de lembrar”, explica Oliveira.

De acordo com o professor e doutor em Filosofia Fábio Mendes, que se dedica a projetos pedagógicos e ensina alunos a desenvolverem o prazer de estudar, o aluno deve buscar associações divertidas para aplicar o conteúdo, mas avaliar se isso não está sendo apenas uma alternativa a um método de ensino que não está funcionando.

“Para uma aula de cursinho, é sempre importante manter a descontração, mas isso não deve ser uma condição para o aprendizado. Alguns alunos acham que estudar é muito chato, mas, muitas vezes, eles não sabem como fazer isso por conta própria. Por isso, primeiro é preciso ensinar os alunos a estudar”, avalia.

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