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Alunos do Colégio Estadual Professora Luiza Ross participaram ontem de uma simulação de incendio | Agência Estadual de Notícias
Alunos do Colégio Estadual Professora Luiza Ross participaram ontem de uma simulação de incendio| Foto: Agência Estadual de Notícias

Simulação

Alunos e professores aprendem como agir em uma emergência

A Escola Estadual Professora Luiza Ross, em Curitiba, foi uma das instituições do estado que se ofereceram para receber o projeto piloto do Brigada Escolar. Antes da cerimônia, os alunos participaram de uma simulação de abandono da área em caso de incêndio. Ao todo, cerca de 400 estudantes estavam envolvidos com o treinamento e conseguiram sair da escola – ordenadamente – em três minutos.

De acordo com o diretor, Evandro José Valente, um dos motivos para a escola ter se proposto a receber o programa é a utilidade das técnicas em outros ambientes – não apenas no colégio. "Os alunos aprendem a agir com calma e segurança em qualquer lugar de grande circulação, como shoppings", justifica.

Sem correr

Durante o treinamento conduzido pela Defesa Civil Estadual, professores, alunos e funcionários aprenderam que, em meio a uma eventual evacuação, é importante não correr. A saída deve ser andando – de forma ordenada e constante. Além disso, é essencial que todos conheçam previamente as saídas de emergência e os corredores em ambientes fechados. (JDL)

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Professores e funcionários de todas as escolas estaduais do Paraná passarão por treinamento para formar brigadas de incêndio nas instituições da rede. O Programa Brigada Escolar – Defesa Civil na Escola, lançado ontem em Curitiba, capacitará a comunidade escolar para agir de modo seguro em situações de emergência e pânico. Apesar de o governo estadual anunciar investimento de R$ 15 milhões na ação, a compra de novos equipamentos, como hidrantes, e as reformas necessárias nos prédios escolares não estão previstas para o primeiro ano de funcionamento do programa.

Em abril, uma reportagem da Gazeta do Povo mostrou, com base em estimativas feitas pelo Corpo de Bombeiros, que mais da metade das escolas estaduais não possui estrutura obrigatória de segurança contra incêndios, o que coloca em risco a vida dos alunos, professores e funcionários. Uma das razões para a defasagem seria a idade dos edifícios, já que 60% deles foram construídos há mais de 30 anos e ainda não passaram pelas adequações necessárias para reduzir riscos de incêndio e danos causados por desgastes naturais.

Durante a cerimônia de lançamento, ocorrida na Escola Estadual Professora Luiza Ross, no Boqueirão, o governador em exercício e secretário estadual da Educação, Flávio Arns, disse que a implantação do programa deve começar com treinamentos de evacuação segura, cursos de primeiros-socorros e orientações para o uso correto de extintores, luzes de emergência e sinalização de saída.

Sobre os problemas estruturais, Arns não anunciou prazos para a execução das reformas, mas informou que estudos serão feitos no decorrer do programa. "Esse levantamento será feito em conjunto com a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros. Vamos identificar eventuais alterações que precisem ser feitas."

Segundo o coordenador do curso técnico em Segurança do Trabalho do Tecpuc (instituição de ensino técnico ligada à PUCPR), Ademir José Ludovico, o primeiro passo a ser dado para tornar um ambiente seguro é educar e formar as pessoas que frequentam aquele local. No entanto, isso não é suficiente sem medidas de sinalização e adequação estrutural. "Quando você usa a palavra ‘brigada’, você já quer dizer que vai dar equipamento com treinamento", aponta Ludovico.

Exigências

O novo Código de Se­gu­­rança contra Incêndio e Pânico do Corpo de Bombeiros do Paraná, em vigor desde o início do ano, determina que todos os estabelecimentos abertos ao público, como escolas e shoppings, devam ter saída e iluminação de emergência, extintores e hidrantes. Locais que abrigam mais de 100 pessoas precisam ainda de uma brigada de incêndio.

Após as adequações, a Secretaria de Estado da Edu­­cação e a Defesa Civil Estadual classificarão os estabelecimentos e concederão o selo Escola Segura. O selo será dividido em três categorias: amarelo (para as unidades escolares que cumprirem de 20% a 40% das recomendações); laranja (para as que cumprirem de 40% a 70%) e verde (para as que superarem 70%). Também participam do programa o Corpo de Bombeiros e o Batalhão da Patrulha Escolar.

Em entrevista à Agência Estadual de Notícias, o secretário da Educação em exercício, Jorge Wekerlin, disse que serão capacitados inicialmente 64 técnicos dos Núcleos Regionais de Educação, 30 bombeiros e 64 representantes da Patrulha Escolar, que atuarão como multiplicadores das ações da Defesa Civil e animadores das brigadas escolares.

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