• Carregando...
Na roda de debates do Papo Universitário, Paulo Juk, Rodrigo Lemos, LuigiPoniwass (jornalista mediador), Karol Conká e Heitor Humberto | Hugo Harada / Gazeta do Povo
Na roda de debates do Papo Universitário, Paulo Juk, Rodrigo Lemos, LuigiPoniwass (jornalista mediador), Karol Conká e Heitor Humberto| Foto: Hugo Harada / Gazeta do Povo

Frases do evento

"As casas [de shows de Curitiba] não têm qualidade de som, os palcos são inadequados e interferem na qualidade do show."Heitor Humberto, produtor e vocalista da Banda Gentileza.

"Não toco em Curitiba por falta de oportunidade. Além disso, ser um cantor de Curitiba às vezes não soa bem."Karol Conká, compositora e cantora curitibana.

"Isso está mudando, ainda mais quando se faz música ‘honesta’, no sentido de fazer o que se gosta, algo de acordo com a sua identidade."Paulo Juk, baixista da banda Blindagem, sobre o pouco prestígio do curitibano à boa música.

"Quem tem qualidade, acaba sendo reconhecido. Mas tem de se profissionalizar. Não estou rico, mas me sinto feliz com o que estou fazendo."Rodrigo Lemos, produtor musical e guitarrista d’A Banda Mais Bonita da Cidade.

 |

Exemplo

Apoio financeiro de universidade será usado em regravação de CD

Divulgação

O estudante de Relações Públicas Ravi Brasileiro (foto), 21 anos, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, é um exemplo de artista que soube aproveitar o incentivo dado pela universidade. Ele foi um dos vencedores da 10ª edição do Revele Seu Talento, festival de música da universidade, no qual os candidatos se apresentam acompanhados de uma orquestra.

"Com o dinheiro do prêmio, vou regravar dez faixas de um CD que lancei há três anos, e fazer um novo lançamento", conta o músico. Apesar de a vitória ter ocorrido numa apresentação solo, Ravi também é vocalista da Banda Dilá, formada por universitários da PUCPR, UFPR e Faculdade de Artes do Paraná.

A história da música está cheia de artistas que começaram a carreira na universidade. Os Beatles são um exemplo e, no cenário nacional, várias bandas de rock dos anos 80 encontraram condições convidativas para formar um grupo no ambiente universitário. O "empurrão musical acadêmico" continua até hoje e foi um dos temas discutidos no último Papo Universitário, ocorrido na terça-feira (19), em Curitiba. Confira o que os convidados do evento pensam sobre a universidade ser um "celeiro de artistas":

VÍDEO: confira como foi o papo com o público e os convidados

>>> Ambiente

Para Rodrigo Lemos, integrante da Banda Mais Bonita da Cidade – formada por alunos da Universidade Fe deral do Paraná –, a universidade é um ambiente propício para se formar uma banda, especialmente pelo constante estímulo à exposição das próprias ideias.

O fato de os estudantes estarem mais ou menos na mesma faixa etária é outro aspecto relevante na opinião de Paulo Juk, da banda Blindagem. O músico criticou a tendência de se vincular somente alguns tipos de música ao ambiente universitário, em detrimento de outros. "A música tem que ser universitária, não o sertanejo", disse, durante o evento.

>>> Incentivo

Questionado sobre a importância das instituições incentivarem as bandas que nascem na universidade, Heitor Humberto, o vocalista da Banda Gentileza – também originada na UFPR, disse que o apoio pode ser visto como uma obrigação das universidades, mas trata-se de uma prática que pode render benefícios para elas mesmas. "Seria bem sensível da parte deles perceber e incentivar movimentações artísticas que surgem dali. Faria bem para todo mundo."

Sobre programas de incentivo que partem do poder público ou da iniciativa privada, o músico reforça que não se trata de algo essencial, mas seria uma ajuda capaz de alavancar muitas carreiras musicais, já que bandas iniciantes raramente têm condições de investir financeiramente em uma produção técnica mais profissional.

Lemos, no entanto, afirma que as dificuldades devem servir como estímulo para o artista melhorar. "Não estou tornando a iniciativa pública ou privada isenta de responsabilidade, mas cabe ao artista buscar seu próprio espaço."

>>> Público

Apesar de ter nascido na capital paranaense, a rapper Karol Conká revelou que faz mais shows fora de Curitiba do que nos palcos locais, em parte, devido à falta de bons espaços para apresentações. Outro motivo seria o próprio público. Karol referiu-se ao público curitibano como exigente demais, o que desanimaria algumas iniciativas de músicos locais.

A respeito da melhor forma de fidelizar o público, houve consenso entre os convidados de que a produção autoral, sem guiar-se por cópias, é o principal meio de conquistar fãs. "Quando você estiver fazendo uma música honesta com você mesmo, é muito mais fácil criar empatia com o público", foi a dica de Juk para os universitários.

(function(d, s, id) { var js, fjs = d.getElementsByTagName(s)[0]; if (d.getElementById(id)) {return;} js = d.createElement(s); js.id = id; js.src = "//connect.facebook.net/pt_BR/all.js#appId=254792324559375&xfbml=1"; fjs.parentNode.insertBefore(js, fjs); }(document, 'script', 'facebook-jssdk'));

Vida e Cidadania | 3:22

Os músicos paranaeses Paulo Juk, Rodrigo Lemos, Heitor Humberto e Karol Conká discutiram a carência de grandes espaços para shows, a qualidade da música feita no estado e a dificuldade do sucesso de bandas que começaram nas universidades.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]