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A bibliotecária Lígia Setenareski explica que o banco de teses da UFPR é o que tem mais fácil acesso no Brasil | Daniel Caron / Gazeta do Povo
A bibliotecária Lígia Setenareski explica que o banco de teses da UFPR é o que tem mais fácil acesso no Brasil| Foto: Daniel Caron / Gazeta do Povo

Números

8.039 teses e dissertações estavam disponíveis na última quinta-feira (1º) na Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFPR, que também tem aberta ao público geral a consulta a 38 títulos de revistas científicas produzidas pela universidade e mais de 1,5 mil arquivos em vídeo de programas da UFPR TV.

Uma aposta feita pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), há oito anos, com o objetivo de aumentar a visibilidade das pesquisas desenvolvidas na instituição e contribuir com a disseminação do conhecimento foi reconhecida em janeiro passado, no ano em que a universidade caminha em direção ao seu centenário. A Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFPR é atualmente o banco de dados brasileiro melhor colocado em um ranking mundial que avalia a facilidade de acesso a publicações científicas pela internet.

Confira o ranking completo.

"O nosso não é o maior banco de teses do país. A USP [Universidade de São Paulo] tem muito mais teses e dissertações do que a gente. A classificação também não se refere à qualidade do conteúdo, porque isso não pode ser medido", considera Lígia Setenareski, diretora do Sistema de Bibliotecas da UFPR. "O ranking se refere a como as pessoas encontram o conteúdo que nós produzimos. O nosso banco é encontrado mais facilmente na internet", complementa.

O acervo da UFPR ocupa a 110.ª colocação – a melhor posição entre as instituições brasileiras – diante de outros 1.240 bancos de dados acadêmicos avaliados pelo Cybermetrics Lab, um dos grupos de estudo do maior centro público de pesquisa da Espanha, o Conselho Superior de Investigações Científicas. A pesquisa desenvolvida pelo laboratório espanhol leva em consideração aspectos quantitativos, como o total de páginas reconhecidas por buscadores e o total de papers publicados no Google Scholar. As informações coletadas são usadas para avaliar a visibilidade e o impacto dos acervos desenvolvidos pelas universidades para compartilhar conhecimentos científicos pela internet.

Decisão acertada

Seguindo padrões internacionais, o banco digital de teses da UFPR começou a ser desenvolvido em 2004, com a preocupação de deixá-lo aberto a qualquer pessoa e de que fosse encontrado facilmente na internet. Hoje, todas as novas teses e dissertações produzidas durante o ano – cerca de 500 – vão direto para o acervo on-line e aproximadamente 1,1 mil estudos anteriores a 2004 são digitalizados anualmente.

O projeto conta com o apoio das equipes das 15 bibliotecas da instituição e de professores do Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL). "Nada foi por acaso. Foram muitos anos de estudo. Queríamos que a UFPR fosse vista pelo mundo", comemora Lígia. Já o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Sérgio Scheer, ressalta que essa iniciativa reforça o papel da universidade de produzir e disseminar o conhecimento e formar pessoas. "Esse tipo de visibilidade e esse reconhecimento são muito importantes. Sabemos que a decisão que tomamos lá atrás foi acertada", afirma.

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