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As instituições de ensino superior vão poder usar as vagas que ficaram ociosas no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) neste segundo semestre de 2015 com alunos que já estão estudando no momento. A informação foi confirmada pela Associação Brasileira para o Desenvolvimento da Educação Superior (Abraes), que representa os grandes grupos de ensino privado, e é resultado de negociações do setor com o Ministério da Educação.

Ao longo do processo seletivo do Fies para a segunda metade deste ano, problemas no sistema de inscrição fizeram com que as companhias de ensino reportassem que não conseguiram ocupar todas as vagas que foram oferecidas no Fies. Na Kroton, por exemplo, apenas 39% das vagas no programa de financiamento foram ocupadas e, na Anima, esse porcentual foi de 50%.

A partir deste segundo semestre, o Fies adotou um novo modelo de inscrição, por meio de um sistema em que alunos que cumpriam as condições para participar do programa podiam escolher entre vagas ofertadas em diferentes instituições e cursos. Conforme entidades do setor, houve dificuldades para lidar com a distribuição de alunos interessados entre os cursos que tinham vagas abertas. Sobraram vagas não ocupadas de um lado e, do outro, ficaram alunos aguardando em listas de espera. Além disso, o Fies passou a selecionar alunos por meio de um sistema que segue regras como exigência de nota mínima de 450 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio e de renda familiar per capita de até 2,5 salários mínimos.

Segundo a Abraes, a utilização das vagas remanescentes deverá ocorrer ainda este ano. Alunos já matriculados que não conseguiram contratos com o Fies poderão ocupar as vagas já definidas pelo MEC para as instituições de ensino onde estão matriculados e que ficaram ociosas. Um edital sobre inscrições no Fies já foi publicado no Diário Oficial desta segunda-feira, 7, afirmando que pré-selecionados na lista de espera do processo seletivo do Fies deverão acessar o Sisfies e concluir sua inscrição para contratação do financiamento no prazo de cinco dias corridos, a contar da divulgação de sua pré-seleção.

De acordo com a presidente da Abraes, Elizabeth Guedes, o objetivo das negociações com o MEC foi permitir que fossem ocupadas vagas já abertas e cujo orçamento já havia sido aprovado. Serão beneficiados apenas alunos já matriculados em cursos que tenham vagas ociosas. Estes alunos deverão atender aos requisitos de renda e nota mínima do Enem. A medida, portanto, não mira alunos novos, ingressantes em 2016.

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