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O presidente Jair Bolsonaro cumprimenta o novo ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodrigues, nesta quarta-feira | Valter Campanato/Agência Brasil
O presidente Jair Bolsonaro cumprimenta o novo ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodrigues, nesta quarta-feira| Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O novo ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodrigues, defendeu em seu discurso ao assumir o cargo nesta quarta-feira, 2, que o governo deve combater o marxismo cultural nas escolas e universidades. Questionado após o evento sobre quais ações empregaria para isso, ele afirmou apenas que o marxismo faz mal à saúde.

“Faz mal à saúde da mente, do corpo e da alma porque secciona o ser humano, porque o torna massa, o torna coisa. Queremos uma tentativa de levar a uma abordagem cultural que leve a pessoa à integralidade na sua integridade, inteligência e na sua individualidade porque somos pessoas individualizadas”, disse.

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Perguntado sobre qual o porcentual de professores que defendem o marxismo em suas salas de aula, Vélez afirmou que é “difícil ter um dado estatístico”. “Mas a gente vê os resultados. Os nossos baixos índices nas provas internacionais é uma coisa que é endêmica no Brasil, a falta de autoestima do professor, decorrem dessa nossa Educação”, disse.

Vélez prometeu novamente valorizar o trabalho dos professores, mas não apresentou nenhuma medida concreta de como isso poderá ser feito. Ele também afirmou que as escolas devem educar e formar, “sem pretensões de doutrinar ninguém”.

Sobre a sua decisão de extinguir a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) e dividi-la em duas novas secretarias: de Alfabetização e de Modalidades Especializadas, Vélez afirmou que seu objetivo foi dar mais abrangência às atuações dos órgãos. “Elas abarcam todo mundo, não excluem ninguém”, disse.

As atribuições do órgão extinto foram distribuídas entre os dois novos. A Secadi cuidava principalmente de assuntos relacionados a direitos humanos e étnico raciais. Todos os secretários da pasta foram empossados ao final da cerimônia.

Educação básica

O novo ministro da Educação, prometeu ainda priorizar o ensino básico no País e afirmou que a pasta trabalhará pelo combate ao analfabetismo e a ampliação e melhoria em creches e pré-escolas, além de manter os alunos nos níveis corretos de acordo com a idade. Ele também prometeu focar na educação de jovens e adultos e no pleno atendimento a deficientes.

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Em relação ao ensino superior, Vélez prometeu valorizar a tríade ensino, pesquisa e extensão e que no setor privado o foco será na qualidade dos cursos oferecidos. De acordo com o novo ministro, as ações de fundos internacionais de investimento em educação serão tratadas “com cuidado” para que se adaptem aos objetivos da educação brasileira.

“Não permitiremos que pautas nocivas aos nossos costumes sejam impostas ao País com a alegação de que se tratam de temas adequados alhures por agências internacionais”, disse. Outro conceito combatido por Vélez, o chamado globalismo foi taxado por ele como uma “clara tentativa de sufocar os valores fundantes da nossa vida social”.

Vélez afirmou ainda que o “lulopetismo” dilapidou a economia brasileira em “balcões escusos de negócios ao leiloar na bacia das almas da corrupção os recursos da nação, colocou em risco a sobrevivência das novas gerações” e que a retórica marxista tomou conta do espaço educacional.

Durante seu discurso na cerimônia de transmissão de cargo, Vélez citou o presidente Jair Bolsonaro por diversas vezes e atribuiu a ele a mudança de posicionamento da sociedade. Ele afirmou ainda que a facada que atingiu Bolsonaro durante a campanha eleitoral, “derrubou um homem, mas levantou uma nação”.

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Indicado pelo guru da direita brasileira, o escritor Olavo de Carvalho, Vélez lembrou dele no discurso e disse que Carvalho, juntamente com o também escritor Antônio Paim são os pensadores do novo governo.

Antes de passar a caneta para seu sucessor, o ex-titular da pasta Rossieli Soares afirmou que a educação deve ser tratada com a mesma importância que a economia. “O caminho é na educação básica. Essa é a boa guerra que o País precisa comprar. Precisamos de uma economia forte, mas é na educação básica que estão nossos maiores desafios”, disse.

Futuro secretário de Educação de São Paulo, Rossieli defendeu que as universidades possam ter arrecadação própria.

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