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A educação dos filhos abocanha parte representativa do orçamento familiar. Em geral, na hora do planejamento, os pais costumam pensar apenas nos gastos diretos, como a mensalidade, uniformes e material didático. Porém, a busca pela escola ideal também envolve gastos indiretos que podem representar um aumento relevante ou uma economia considerável para as finanças de uma família.

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Os gastos que podem passar despercebidos são justamente o que fazem uma instituição de ensino ser cara ou acessível no final das contas. O consultor financeiro e diretor do Instituto de Gestão Familiar, Emerson Fabris, acredita que escolher as escolas pelo nome pode levar ao descuido. “O primeiro ponto é analisar se, além da mensalidade e do material didático, circunstâncias como o deslocamento até a escola e a alimentação no período letivo cabem no orçamento”, explica.

Além disso, para Fabris, as atividades extracurriculares são de extrema importância – principalmente para crianças criadas em apartamentos e que saem pouco de casa –, mas precisam ser colocadas na ponta do lápis. “Varia muito de escola para escola. Em algumas, a mensalidade é menor, mas as atividades extras são mais caras que as oferecidas com mais qualidade por outras instituições. Ou seja, às vezes procurar cursos complementares fora da escola acaba ficando mais em conta do que pagar o período integral”, diz o consultor.

Outro fator que Fabris destaca é o ‘status social’ de se manter um filho em determinada escola. Para ele, os gastos de lazer do filho com um grupo de amigos de uma classe social mais elevada podem representar um aumento expressivo nos custos ligados à educação.

“Hoje em dia está na moda ter um celular de última geração, usar um tênis de marca e ir a lugares caros; isso tudo vai influenciar no final da conta. Se colocar no papel tudo que pode estar envolvido, podemos ter mais de 10 tópicos de atenção”, disse. Fabris concluiu ressaltando que, em média, as famílias comprometem cerca de 10% do orçamento com a educação, e que mesmo se houver um esforço a mais dos pais com o ensino dos filhos, este valor não deve ultrapassar os 12%.

Ensino em tempo integral pode ser atrativo, mas requer atenção

A proposta de ensino integral é interessante para famílias que não tenham disponibilidade de passar o horário comercial na companhia dos filhos. Mas, embora tenha vantagens, essa opção depende do ritmo familiar e das necessidades da criança.

A psicopedagoga e professora do curso de peda¬gogia da PUCPR, Evelise Portilho, destaca que em alguns casos é preferível que a família opte por ter mais tempo em casa com a criança. “Se os pais precisam que o filho tenha atividades durante todo o dia por estarem trabalhando, por exemplo, é considerável. Mas é bastante interessante que o filho possa passar um período em casa, acompanhado e supervisionado pelos pais”, comenta.

Outro ponto importante da educação em tempo integral está em os pais saberem o que é proposto pela escola. Evelise explica que, em alguns casos, a programação para o período da tarde não é tão proveitosa. “Muitas escolas apenas repetem à tarde o que aconteceu pela manhã, ou apenas ocupam o tempo da criança com atividades sem sentido. O importante é a qualidade e o tipo de ensino oferecido. A escola de período integral precisa ter uma proposta diferenciada, e é importante que os pais saibam o que está programado”, diz.

Desde 2009, tramita na Câmara dos Deputados uma Proposta de Emenda à Constituição do deputado Felipe Maia (DEM-RN) que estabelece a obri¬gatoriedade do tempo integral no ensino fundamental, com jornada de oito horas. Além da PEC, o ensino integral também é uma das metas do Plano Nacional de Educação, no qual está prevista a oferta de educação em tempo integral para pelo menos 50% das escolas públicas de ensino fundamental.

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