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O governo estadual vai reajustar os salários dos professores das universidades estaduais. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (25) em uma reunião do governador Roberto Requião com os reitores e dirigentes das instituições de ensino superior do Paraná. A medida atinge 5.208 professores ativos e 1.648 inativos, nas cinco universidades e 11 faculdades que o estado tem.

Os ganhos variam de acordo com as classes dos professores. Os professores auxiliares, aqueles que se encontram no primeiro estágio da carreira, terão reajuste de 10,14%. Os professores assistentes receberão 14,29% de aumento. Os professores adjuntos 23,42%. Os professores associados, categoria na qual está a maior parte dos doutores, vão ganhar um reajuste de 32,64%. Por último, os professores titulares terão um aumento de 21,59% nos salários. Na média, o reajuste é de 18,68%.

O governo decidiu valorizar os professores com titulação de mestre e doutor. Um professor adjunto que tenha doutorado e trabalhe em regime de dedicação exclusiva recebia R$ 4.409,68. Agora ele vai ganhar R$ 5.442,31.

De acordo com o governo, o reajuste aumenta em R$ 3,9 milhões mensais os gastos com salários, o equivalente a um impacto anual de aproximadamente R$ 52 milhões.

A proposta agora tem que ser aprovada na Assembléia Legislativa e deve ser enviada assim que acabar o recesso parlamentar. A expectativa é de que o reajuste seja pago nos salários de agosto. Requião assegurou que o governo tem dinheiro em caixa para pagar o aumento sem violar a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Cargos e gratificações

Requião disse também que nesta terça-feira (26) vai assinar um decreto para regularizar os cargos de 10.562 servidores das faculdades e universidades estaduais, entre técnicos administrativos e docentes. Esta medida vai possibilitar a realização de concursos públicos para a contratação de novos funcionários e professores.

Outra medida proposta no projeto de lei é que, a partir de agora, o Tempo Integral de Dedicação Exclusiva fica definido como regime de trabalho e serve de base para o cálculo das gratificações que o professor receber.

Perdas

Evandir Codato, vice-secretária do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar), diz que o reajuste não repõe todas as perdas dos professores. As universidades do estado pediam um aumento de 68% nos salários dos professores. "A medida alivia um pouco, mas não resolve. Quem pegou o reajuste de 32% vai ficar um pouco melhor, mas 10% de aumento não adianta muito", diz.

Em junho, professores, funcionários e estudantes de todas as universidades estaduais realizaram protestos e paralisaram as atividades para pressionar o governo a negociar. Os professores também reivindicavam melhores condições de trabalho e realização de concurso público. "Agora nós vamos continuar reivindicando a reposição das perdas salariais e vamos discutir as condições de trabalho dos professores", finaliza Codato.

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