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Dos 125 professores que assinaram a lista de presença, 50 votaram por não colocar a interrupção da greve em pauta contra 44 que eram favoráveis | Denise Drechsel / Gazeta do Povo
Dos 125 professores que assinaram a lista de presença, 50 votaram por não colocar a interrupção da greve em pauta contra 44 que eram favoráveis| Foto: Denise Drechsel / Gazeta do Povo

Em assembleia sindical nesta quinta-feira (30), os professores da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) rejeitaram a proposta de votar pela continuidade ou não da greve. O assunto não estava na pauta e foi sugerido por um grupo de docentes. A decisão foi acirrada: dos 125 professores que assinaram a lista de presença, 50 votaram por não colocar a interrupção da greve em pauta contra 44 que eram favoráveis. Os outros se abstiveram de votar.

Assim que teve início a sessão, alguns professores pediram a palavra e propuseram o assunto. Depois de várias manifestações a favor e contra, houve a votação que excluiu o assunto da pauta desta quinta. O presidente do Sindutfpr, sindicato que representa os professores da instituição, Ivo Pereira de Queiroz, disse aos professores discordantes que a votação pela continuidade da greve poderia ser incluída na próxima assembleia, mediante solicitação. "Assim todos poderão saber com antecedência e, quem quiser votar este tema específico, poderá vir à assembleia para isso. Sem esse aviso prévio, não seria correto incluir o tema na pauta [de hoje]", afirmou Queiroz.

Uma nova assembleia será marcada para a próxima semana para decidir sobre a interrupção da greve e outros itens da pauta de reivindicações da categoria. "Acredito que a assembleia foi bastante positiva, apesar do ambiente de tensão e sofrimento, que repercute em toda a dinâmica da greve", disse Queiroz depois da assembleia.

Histórico da greve

Os professores das universidades federais do país estão em greve desde o dia 17 de maio e a paralisação não tem data para terminar. O governo apresentou no dia 24 de julho uma proposta de reajuste de 25% a 40% nos salários dos professores, em três parcelas até 2015, mas a oferta foi rejeitada por dois dos sindicatos que representam a maior parte dos professores, o Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) e o Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica). A categoria quer que o governo reformule o plano de carreira e garanta melhores condições de trabalho.

A presidente do Andes-SN, Marinalva de Oliveira, protocolou no dia 23 de agosto, no Ministério do Planejamento, uma contraproposta dos professores à pasta. Mesmo assim, o governo reafirmou ter encerrado as negociações com a categoria. O sindicato tenta agora parceria com senadores e deputados para tentar convencer o governo a voltar a conversar com os docentes.

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