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Após expulsar vários estudantes com orientação religiosa de seu campus por “discriminação”, a Universidade de Iowa está sendo processada por discriminação religiosa; a University of Iowa Chapter of InterVarsity Christian Fellowship (Aliança Bíblica Universitária da Universidade de Iowa, em tradução livre) foi um dos clubes de estudantes expulsos do campus por por desobedecer regra que exige não utilizar critérios religiosos para selecionar líderes.

 A Aliança Bíblica Universitária procurou o Becket Fund for Religious Liberty (Fundo Becket para Liberdade Religiosa), um grupo legal sem fins-lucrativos, e processou a universidade por violar os direitos da primeira emenda da constituição americana (que diz respeito às liberdades religiosas e de expressão).  

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O processo alega que, em primeiro de junho, a universidade “enviou um email para os líderes da Aliança Bíblica Universitária informando que eles tinham até dia 15 de junho para mudar seu processo de seleção de líderes, ou perderiam seu registro.” 

Também de acordo com o processo, o grupo respondeu “enfatizando a importância de uma liderança cristã” para o grupo cristão, mas a faculdade rejeitou o pedido [de rever a suspensão]. 

“A Universidade ainda declarou que os líderes do grupo não poderiam ser sequer ‘fortemente encorajados’ a concordar com a fé da Aliança Bíblica”. 

A universidade alega já ter proibido diversos outros grupos pelo mesmo motivo, incluindo iniciativas muçulmanas e sionistas. 

“Banir grupos religiosos de terem líderes religiosos só diminui a diversidade e empobrece o campus”, declarou Daniel Blomberg, representante do Fundo Becket para Liberdade Religiosa, em nota oficial.

Ainda segundo Blomberg, ao mesmo tempo em que a universidade proibiu grupos religiosos por suposta não adesão a sua política não-discriminatória, “ela tem isentado ou ignorado restrições de participação e liderança estabelecidos por outros grupos de estudantes, como os de esportes, fraternidades e organizações políticas”.

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A universidade não vai se pronunciar sobre a questão devido a sua política de não comentar “processos em andamento ou pendentes”, disse Anne Bassett, representante de relações com a imprensa da universidade, ao The Daily Signal.

Repercussão 

Kristina Schrock, presidente da Aliança Bíblica Universitária, disse em nota: 

 “Somos gratos por termos feito parte da comunidade da universidade por 25 anos, e acreditamos que a universidade tem sido um lugar mais rico por ter grupos muçulmanos, mórmons, católicos, judeus, ateístas e cristãos. Porque amamos nossa escola, esperamos que ela reconsidere a questão e permita que grupos religiosos continuem a refletir autenticamente suas raízes religiosas.” 

Ryan T. Anderson, um dos principais pesquisadores do The Heritage Foundation e co-autor do livro “Debating Religious Liberty and Discrimination” (Debatendo Liberdade Religiosa e Discriminação, em tradução livre), classificou o caso como um exemplo sobre “como as nossas liberdades andam - ou caem - juntas”. 

“Os estudantes devem ser livres para se associar a qualquer causa ou missão, incluindo as religiosas. E eles devem ser livres para advogar essa causa e viver essa missão, e isso requer a habilidade de selecionar líderes que apoiem a causa e abracem a missão”, disse Ryan. 

“Triste que, em nome da diversidade e do pluralismo, a universidade acabe restringindo liberdades que protegem a verdadeira diversidade e são princípios do pluralismo”, completou.

©2018 The Daily Signal. Publicado com permissão. Original em inglês.  

Tradução: Rafael Baltazar.

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