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Médico atende um paciente com coronavírus.| Foto: AFP

A Comissão Externa de Combate ao Novo Coronavírus da Câmara dos Deputados se reuniu com representantes de algumas universidades federais, nesta quarta-feira (20), para discutir o papel decisivo dessas instituições no enfrentamento à doença em seus respectivos estados.

As ações que cada uma está desenvolvendo para combater o avanço da Covid-19 tem alcançado resultados expressivos desde o início da pandemia. Pelo menos é o que mostrou o último boletim divulgado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), administradora dos 40 hospitais universitários federais do país.

Ao todo, todas as unidades somam 1.737 leitos disponíveis para o atendimento e apoio a pacientes infectados. Além da compra de equipamentos e infraestrutura para receber os pacientes, a Ebserh também reforçou a linha de frente na luta contra a doença, contratando 1.211 profissionais temporários, que estão sendo alocados, conforme a necessidade dos hospitais.

De acordo com empresa pública, que é vinculada ao Ministério da Educação (MEC), 1.397 pacientes estão com diagnóstico confirmado do coronavírus, além de 8.003 pacientes com suspeita da doença em todas unidades.

Participaram da reunião, por meio de uma videoconferência, o presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), general Oswaldo de Jesus Ferreira; o superintendente do Hospital Universitário Antônio Pedro, da Universidade Federal Fluminense, Tarcísio Rivello; o superintendente do Hospital Universitário Getúlio Vargas, da Universidade Federal do Amazonas, Júlio Mário de Melo Lima; a superintendente do Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Pará, Regina Feio; o superintendente do Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Ceará, Carlos Augusto Alencar, e o representante do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle, da Unirio.

Processo de adaptação

No terceiro mês de total readaptação, essas instituições capacitaram suas equipes em um espaço curto de tempo. Para salvar vidas, aumentaram os leitos em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), adquiriram equipamentos específicos para melhorar o atendimento, ou seja, mudaram a estrutura completa dos locais.

Somente no Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Ceará, 121 leitos poderão ser disponibilizados se o número de infectados crescer nos próximos dias. De acordo com o superintendente da entidade, Carlos Augusto Alencar, no momento, dos 11 leitos de enfermaria, oito estão ocupados, mas a tendência é ampliar.

Nos dois hospitais do complexo existem 192 leitos. Portanto, segundo ele, foi necessário repensar formas de ocupação dentro dos Centros de Terapia Intensiva (CTIs) e até mesmo na maternidade com o pico da doença.

Alencar afirmou que a pandemia trouxe diversos ensinamentos e que o enfrentamento à doença não está sendo nada fácil. “É preciso ter muita calma, mas apesar de tudo continuaremos fazendo o máximo conforme nossa capacidade”, acrescentou o professor. O Complexo do Ceará tem cerca de 3750 colaboradores nessa força-tarefa contra a Covid-19.

Além dele, o Hospital Universitário Gaffrée e Guinle, da Unirio, é outra instituição que entrou nessa empreitada definindo ações consistentes diante da proliferação do vírus no Rio de Janeiro. Entre elas, a elaboração de um plano de contingência, a criação de uma plataforma para monitoramento dos pacientes com Covid-19 e a ampliação dos leitos.

O representante do Hospital, Sérgio Aquino, informou que, dos 236 leitos, 18 estão ocupados no momento com pacientes infectados pela doença. Ele ainda disse que abrirá mais 20 leitos na próxima semana de retaguarda, para o acompanhamento de casos que não são graves.

No Norte do Brasil, a superintendente do Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Pará, Regina Feio, explicou que hoje 17 leitos de UTIs estão ocupados nos dois hospitais universitários da instituição. Segundo ela, para o enfrentamento da doença foi necessário a contratação de mais 46 profissionais de saúde, além da formação de um comitê que informa diariamente a Ebserh sobre o número de casos, óbitos e protocolos.

Regina ainda agradeceu o apoio da empresa e enalteceu o trabalho desenvolvido pelo Comitê Técnico de Infectologia.

Maior rede hospitalar pública

De acordo com o presidente da Ebserh, general Oswaldo de Jesus, a ampliação dos hospitais universitários está contribuindo muito no combate ao coronavírus. “ Passamos de 22 hospitais, em 2014, para 39 nessa gestão”, observou.

Além desses, mais dois estão em processo de incorporação. “Logo serão 41 hospitais, contando com o Hospital das Clínicas de Uberlândia e o de Macapá, que será concluído no início de 2021”, explicou o general.

Com essa estrutura, a Ebserh se tornou a maior rede hospitalar pública do país, segundo ele. Todos os hospitais juntos têm quase nove mil leitos e fazem cerca de 24 milhões de consultas anualmente. Atualmente, a empresa oferta mais de 7.500 vagas para residência médica e multifuncional.

Nesse período de pandemia, a empresa contratou 424 novos profissionais para atuar nas universidades, totalizando 55 mil pessoas trabalhando atualmente. “A Ebserh é apenas coadjuvante nessa luta contra o coronavírus. O protagonismo está nas universidades e nos hospitais”, salientou.

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