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O Ministro da Educação, Milton Ribeiro
O Ministro da Educação, Milton Ribeiro| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

O Ministério da Educação anunciou, nesta quinta-feira (17), uma série de mudanças no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), mas elas passarão a valer somente a partir de 2024. As alterações nas provas ocorrem por causa do Novo Ensino Médio - que entrou em vigor neste ano -, por meio do qual houve aumento na quantidade de aulas e flexibilização do currículo escolar.

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Uma das mudanças diz respeito ao formato da prova do Novo Enem. O primeiro dia do exame terá questões gerais e que todos os estudantes terão de resolver. A ênfase será em português e matemática. Serão perguntas formuladas de acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Nesse dia também será aplicada a prova de redação, segundo informações da Agência Brasil.

No outro dia, a prova será de acordo com o itinerário formativo que o aluno escolheu no ensino médio. No momento da inscrição, o estudante irá fazer a escolha entre questões de linguagens, ciências humanas e sociais aplicadas; matemática, ciências da natureza e suas tecnologias; matemática, ciências humanas e sociais aplicadas; ou ciências da natureza, ciências humanas e sociais aplicadas.

“O Enem precisa acompanhar a evolução da educação brasileira, as avaliações internacionais e a reforma do ensino médio. A mensagem final que trazemos é que o novo Enem valorizará ainda mais a capacidade de reflexão. O modelo aqui apresentado contempla a flexibilidade curricular, permitindo que as aptidões e as escolhas de nossos jovens sejam consideradas”, afirmou o ministro da Educação, Milton Ribeiro, à Agência Brasil.

Outra novidade é que os estudantes que optaram pela formação técnica do ensino médio poderão receber uma bonificação no Enem - desde que a área escolhida tenha relação com o curso superior pretendido. Mesmo assim, os alunos terão de fazer os dias de provas como os demais.

“Estamos introduzindo a proposta de bonificação para estudante que fez formação técnica. Ele não está dispensado, vai fazer o bloco [de questões] de acordo com o curso superior que deseja e a instituição [de ensino superior] aponta. A nota dele vai ter uma ponderação de acordo com aderência da formação técnica dele ao curso superior pretendido”, disse o secretário de Educação Básica do MEC, Mauro Rabelo, à Agência Brasil.

A pasta também confirmou que as provas terão questões discursivas - além das já tradicionais objetivas. Além disso, haverá cobrança de inglês em diferentes locais da prova, como no enunciado de uma questão de outra disciplina.

De acordo com o governo, as mudanças no Enem que foram anunciadas nesta quinta são o resultado das discussões de um grupo de trabalho criado no ano passado. O grupo é composto pelo MEC, secretários de educação dos estados e do DF, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e Conselho Nacional de Educação (CNE).

Segundo a Agência Brasil, o CNE já aprovou o parecer que oficializa as sugestões do grupo para as alterações no Enem. As diretrizes do Novo Enem caberão ao Inep. Além disso, as universidades terão autonomia para definir como será o uso das notas e das bonificações do Novo Enem.

Novo Ensino Médio

A principal mudança do Novo Ensino Médio é a flexibilidade curricular. No novo sistema, 60% das aulas serão de disciplinas obrigatórias, comuns a todos os alunos. Os outros 40% serão preenchidos pelo chamado “itinerário formativo”. Isto significa que o estudante poderá escolher se aprofundar em um dos cinco campos listados pelo projeto: linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e, por fim, formação técnica e profissional.

As mudanças também incluem um aumento na carga horária: em vez de sete, os estudantes terão oito horas-aula por dia. O número de horas-aula anuais passou de 800 para 1.000.

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