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O Ministério da Educação (MEC) promete mais dinheiro para as escolas que desenvolverem projetos para superdotados, a partir de 2010. Em geral, crianças e jovens superdotados pagam um preço alto pela inteligência acima da média. Primeiro, por causa do desconhecimento: ele tem habilidades em áreas específicas e não é obrigado a ser "bom em tudo". Outro problema é a falta de apoio para desenvolver a aptidão. Não se sabe exatamente quantos superdotados existem no Brasil.

O garoto Mateus Albuquerque Costa é considerado superdotado. Ele começou a ler com apenas dois anos de idade. "Eu lia todas as palavras que estavam escritas nas capas dos livros, nas etiquetas dos supermercados", diz. Os pais de Mateus ficaram assustados. "Nossa preocupação sempre foi a cobrança em cima dele", diz a mãe, Marta Albuquerque Costa. "Eu me sinto normal, como qualquer outra pessoa", afirma Mateus.

O professor de educação física Zenildo Caetano tem duas filhas de sete anos que fazem trabalhos manuais ricos em detalhes. Para ele, as escolas não têm estrutura nem profissionais preparados para cuidar dessas crianças. "Elas falam: eu queria que hoje já fosse sexta-feira para eu não ter que ir pra aula, porque lá é chato, eu não gosto", afirma. "Se as crianças não querem ir, é porque ela realmente não está sendo atrativa."

"O que o país está fazendo? Está jogando fora. São talentos que sem dúvida nenhuma vão se traduzir em pesquisadores, pessoas que vão fazer diferença para a construção e a ratificação de um pais de primeiro mundo", afirma Caetano.

A pesquisadora Jane Chagas estudou 42 jovens superdotados e constatou que muitos tiveram perda de produção intelectual e até distúrbios psicológicos. Quando o talento não é aproveitado, vem a frustração. "Muitas vezes eles dizem: bom, não é tão bom ser tão bom", diz

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