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Randolfe Rodrigues, integrante da Comissão de Educação, Marcelo Castro,  presidente dessa comissão no Senado
Randolfe Rodrigues, integrante da Comissão de Educação, Marcelo Castro, presidente dessa comissão no Senado| Foto:

A Comissão de Educação do Senado aprovou uma série de requerimentos, nesta quinta-feira (31), para convidar membros do governo federal e prefeitos para serem ouvidos sobre as suspeitas de irregularidades no Ministério da Educação (MEC). A comissão aprovou um convite e uma convocação ao comandante interino da pasta, Victor Godoy Veiga, e também um pedido de informações ao ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário. Além disso, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) já mencionou a possibilidade de recolher assinaturas para instaurar a CPI do MEC.

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Há suspeita de que houve facilitação no acesso a recursos públicos do MEC a prefeitos mediante a intermediação de pastores e também indícios de tráfico de influência dentro da pasta. Nesta quinta, requerimentos aprovados também citam 12 prefeitos, mas nem todos serão chamados ao Senado.

O ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, convidado para falar à comissão, não compareceu - como já era esperado. A saída dele da pasta ocorreu após a divulgação de áudios relacionados a essas suspeitas. Ele entregou o cargo na segunda-feira (28) e o pedido de exoneração foi aceito pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

Para aprofundar as investigações sobre o MEC, senadores que integram a Comissão de Educação já falam em recolher assinaturas para a instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) - a CPI do MEC. Um deles é o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) - membro da Comissão de Educação e que também integrou a CPI da Covid. Rodrigues se referiu às suspeitas como "a mais grave crise ocorrida no âmbito da educação na história republicana".

Ao que tudo indica até o momento, também seria mais uma tentativa da oposição de tentar desgastar o governo Bolsonaro às vésperas das eleições 2022 - a exemplo do que foi feito na CPI da Covid.

Já o presidente da Comissão de Educação, Marcelo Castro (MDB-PI), adotou uma postura mais cautelosa e afirmou que é preciso agir com prudência. Além das pessoas já citadas, Castro quer que o presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Marcelo Lopes da Ponte, e os pastores citados nas denúncias sejam ouvidos pela Comissão de Educação. Mas, para Castro, a CPI deve ser instaurada somente se ao fim das oitivas na comissão ainda restarem dúvidas envolvendo o MEC e se houver a convicção de que as investigações devem ser aprofundadas.

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