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Estudantes e professores de institutos federais e universidades fazem manifestação na Avenida Presidente Vargas em protesto contra o bloqueio de verbas da educação.
Estudantes e professores de institutos federais e universidades fazem manifestação na Avenida Presidente Vargas em protesto contra o bloqueio de verbas da educação.| Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Matéria atualizada às 15h34.

O Ministério da Educação (MEC) já recebeu 41 denúncias de professores e alunos que teriam sido coagidos a participar de manifestações contra o governo nesta quinta-feira (30). Ontem (29), o ministro Abraham Weintraub postou um vídeo no Twitter com o endereço eletrônico da Ouvidoria do MEC e informou que a pasta estava preparada para receber e investigar as informações que chegassem por esse canal.

Uma das denúncias é a de um professor do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), que exortou os alunos a "lutarem" contra a reforma da Previdência. Veja o vídeo aqui.

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INFOGRÁFICO: Confira quanto foi contingenciado no orçamento do MEC nos últimos anos

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No vídeo no Twitter, Weintraub disse que o "governo acredita que as manifestações democráticas e pacíficas são um direito de todos os brasileiros. Contra, a favor". "O que não pode acontecer", continuou "é a coação de pessoas em um ambiente escolar público, que criem algum constrangimento aos alunos a participarem dos eventos".

De acordo com Weintraub, o MEC está recebendo "cartas e mensagens de muitos pais de alunos citando explicitamente que alguns professores, funcionários públicos, estão coagindo os alunos ou falando que eles serão punidos de alguma forma caso não participem das manifestações".

O ministro garantiu ainda que o MEC tomará "as devidas providências legais" nos casos onde for comprovada a coação.

Na quarta-feira, cresceu, no Twitter, a hashtag "Meu filho não vai", promovida por aqueles que são contrários aos protestos estudantis e acusam os manifestantes de aproveitarem o momento para realizar atos políticos partidários.

"Professores que tirarem seus alunos de sala de aula para protestos devem ser afastados!", comentou um internauta.

E outro: "Meu filho não será cúmplice de ônibus incendiado ou depredado por manifestantes que dizem lutar pela educação e que ostentam faixas 'Lula Livre' em defesa de um condenado pela Justiça".

* Veja o vídeo do professor do Ifal:

Manifestações

O objetivo dos protestos desta quinta-feira, de acordo com os sindicatos e a UNE, é, sobretudo, defender a educação e protestar contra o contingenciamento (bloqueio temporário) de R$ 5,8 bilhões do orçamento do Ministério da Educação (MEC), que acabou bloqueando 30% das verbas discricionárias (gastos com água, luz, equipamentos, manutenção, pesquisas e terceirizados) das universidades e institutos federais de ensino. Do orçamento total das universidades, isso representa 3,4% (R$ 1,7 bilhão).

O argumento se confunde, no entanto, quando outras entidades de ensino, como a própria União Estadual dos Estudantes (UEE) de São Paulo, afirmam que também vão às ruas em protesto contra a reforma da Previdência. “Não queremos cortes, e queremos aposentadoria", disse a presidente da UEE paulista, Nayara Sousa, à Rede Brasil Atual.

* Confira quanto foi contingenciado no MEC nos últimos anos:

* Entenda qual é a extensão do bloqueio este ano:

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