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Criada na década de 1960 pelo professor de Educação Física francês Andre Lapierre e por sua filha Anne, a Psicomotricidade Relacional vem sendo usada nas escolas para auxiliar o processo de aprendizado, ao permitir que as crianças encontrem, em jogos, brincadeiras e na expressão corporal, um espaço de liberdade para expressarem suas emoções.

"Na medida em que isto ocorre, a criança sente-se mais segura para arriscar e aprender aquilo que tem dificuldade", explica o diretor do Centro Internacional de Análise Relacional (Ciar), José Leopoldo Vieira. Ele ressalta que, em muitos casos, o aluno se recusa, mesmo inconscientemente, a aprender como forma de chamar a atenção do adulto.

Outro conflito que a Psicomotricidade Relacional se propõe a dirimir é o da violência. "Todos temos uma agressividade positiva e uma negativa. Se todas são culpabilizadas, a criança a reprime ou as extravasa de forma desajustada. O que pretendemos é ajudar a canalizá-la para o lado construtivo", ressalta Vieira.

Uma das formas de fazer isso é com atividades em sessões individuais ou em grupo, que podem ser na sede do Ciar, em escolas ou outras instituições. Vários colégios particulares no Paraná já utilizam a ferramenta desenvolvida por Andre e Anne Lapierre tanto para evitar tais bloqueios como para solucioná-los. A instituição lançou o Projeto Criança Viva, no fim de setembro, que pretende levar a Psicomotricidade Relacional a crianças de comunidades carentes com dificuldades sociais e escolares.

É o caso de Thiago, de 10 anos, que há pouco mais de um mês participa do Criança Viva. A mãe adotiva, Terezinha Verbinem Silveira, conta que já percebeu melhoras no comportamento do garoto. "Ele tem uma história de vida complicada. Morou em orfanato, reprovou um ano na escola. Ele está começando a se abrir, não está mais tão inseguro, começa a conhecer seus limites e a se interessar pelo mundo. Estou bem animada com os resultados", conta Terezinha, com a consciência de que ela e o filho têm ainda muito trabalho pela frente.

Serviço

Projeto Criança Viva – Informações: (41) 3016-0401.

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