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Professor pula corda com aluno cadeirante no colo e vídeo viraliza na internet
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Heitor Magalhães, de sete anos, estuda em uma escola pública de Taubaté (SP), mas nunca brincava durante as aulas de Educação Física da maneira que gostaria, até que um novo professor mudou essa realidade no começo deste ano. Cadeirante e com algumas dificuldades para se movimentar, o menino fez um pedido que surpreendeu João Hoffmann, de 25 anos, que começou a lecionar no Sítio I, desde fevereiro. “Tio, queria muito pular corda. Você pode pular comigo?", esse foi o desejo irrecusável do garoto que o professor atendeu prontamente.

O momento foi registrado por outro professor e publicado por João em uma rede social, na semana passada. No entanto, os dois não esperavam tamanha repercussão. O vídeo já alcançou quase um milhão de visualizações em cinco dias. Com brincadeiras bem populares como pular corda, pega-pega, queimada, entre outras, Hoffmann percebeu que o menino poderia ser incluído e, de quebra, deu uma lição de vida aos outros alunos.

“São atos simples como esses que marcam a vida dos alunos. Foi tudo espontâneo. Peguei ele para pular corda como faria em qualquer aula, em outra atividade”, diz Hoffmann. Além de Heitor, outros alunos com deficiência são estimulados pelo professor durante as aulas. “Também desenvolvo atividades para alunos que têm síndrome de Down e autismo”, afirma.

Para Heitor e os demais alunos, a Educação Física já se tornou a aula preferida da semana. Toda terça e quinta-feira é uma atividade diferente. “A atividade predileta do Heitor é jogar bola. Ele é goleiro e ganha muita independência quando joga”, conta Hoffmann. “Trabalhar com inclusão é um desafio, só que basta você vestir a camisa e ir para cima. Amo trabalhar com isso”, completa o professor.

"Foi um gesto simples, mas que para ele fez uma grande diferença"

Meses depois de ingressar na escola Sítio I, Heitor já aprendeu a escrever o próprio nome. “Ele é um aluno que chegou praticamente sem saber ler e escrever e, hoje, é alfabetizado. Fazemos de tudo para que ele se sinta incluído e para que ele saiba que não é diferente, por mais que ele tenha essa limitação”, garante Hoffmann.

Segundo o professor, a família do Heitor está feliz e compartilhando essa alegria com ele. “Não tenho como explicar o tanto que ele melhorou do começo do ano para cá, inclusive na sala de aula”. “Levo ele sempre na saída das aulas e percebo a satisfação dos seus familiares. É nítida a alegria na carinha dele”, observa.

Heitor é um garoto tímido, mas, segundo o professor, está cada vez mais à vontade com os colegas. “Ele brinca de tudo e sempre quer participar de todas as brincadeiras”, conta. Em outro registro, João é filmado brincando com Heitor de pega-pega, carregando o menino em suas costas.

“Essas pequenas atitudes que fazem a diferença. Foi uma grande lição de vida até para mim. A mensagem foi passada, esse era meu objetivo. Cada um fazendo um pouquinho pode fazer uma grande diferença”, conclui.

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