Proposta é fazer o aluno participar e se envolver com o tema discutido

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A coleção História em Projetos, voltada para estudantes de 5ª a 8ª série do ensino fundamental, não segue o modelo "texto + questionário com base no texto". A proposta, como o título sugere, é que os estudantes, a partir de uma discussão apresentada, desenvolvam atividades próprias e criativas. "E quando há uma pergunta, a resposta não é uma frase pronta. O aluno terá que pensar e analisar para responder", acrescenta a autora Andrea de Paula.

Mesmo aspectos da História Antiga são trazidos para o momento atual, para que o estudante faça relações com as semelhanças e as diferenças. "Os alunos aprendem a pesquisar, passam a fazer registros escritos, entrevistam os pais e os avós, montam uma peça de teatro ou juntam documentos e fazem uma exposição, para que se sintam sujeitos no conhecimento e não sujeitados", relata. Uma das atividades sobre a temática da democratização no Brasil, por exemplo, é questionar se há grêmio estudantil na escola, apresentando motivos para organizar um ou mesmo participar de uma estrutura política.

As referências históricas clássicas vêm acompanhadas de informações adicionais, mostrando o que aquele registro representou na época e por quem foi produzido. "Aquilo que antes era apresentado como verdade agora ganha a dimensão de apenas uma das interpretações da realidade. E que existem várias versões para o mesmo fato", diz. Andrea rechaça a idéia antiquada de que os sujeitos são apenas os líderes e os governantes.

O resultado é um livro interdisciplinar e que força o dinamismo. "A pessoa precisa ter noção da sociedade em que ela vive e saber como o mundo chegou assim até aqui. Muitos alunos acham que História não serve para nada e não entendem a disciplina como formação de cidadania", pondera. A obra traz discussões de diferenças sociais, de gênero e raça e não faz referência somente a textos, mas a músicas, filmes e links da internet.