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Campo Grande se saiu melhor porque foi a que apresentou maior evolução do percentual de alunos com conhecimentos adequados em matemática na 4ª e 8ª séries e em língua portuguesa na 4ª série, além de ter atingido ou ultrapassado todas a metas estabelecidas. Apesar do avanço nessas duas capitais, o presidente executivo do Todos Pela Educação, Mozart Ramos, se preocupa, pois as metas estabelecidas ainda são modestas. "O desafio da aprendizagem é o mais difícil de ser vencido e tem impacto na qualidade de ensino oferecida. Tem relação direta com a formação do professor. A valorização do magistério é inadequada. Qual jovem talento do ensino médio vai deixar de fazer Medicina para ingressar no Magistério e ganhar R$ 950 por mês?", indaga. Além disso, Mozart defende a profissionalização do gestor das escolas públicas e mais investimentos na educação. "O gasto é de R$ 1,7 mil por aluno por ano. Representa cerca de três mensalidades de uma escola particular. É muito baixo", diz

Para a diretora do departamento de ensino fundamental da Secretaria de Educação de Curitiba, Nara Luz Salamunes, a diferença da meta não atingida para língua portuguesa na 4ª série é pouco significativa. "Está muito próximo do estabelecido, mas nosso esforço é avançar muito mais. Estar no topo torna mais difícil continuar porque depende de ações focadas em cada profissional que atua na educação", diz. Nara ressalta que o levantamento não mostra o desempenho de Ciências, e revela que ações do município em outras áreas também precisam ser levadas em consideração. "O diferencial de Curitiba está na formação dos professores. Estamos sempre estudando como podemos melhorar", diz.

Nos dados da 8ª série o desempenho dos estudantes foi pior em Matemática e Curitiba está entre as capitais que não atingiram as metas. Foram 16,76% dos alunos que aprenderam o conteúdo adequado à serie em 2007, 0,26% a menos que em 2005 e diferente da meta, de 18,13%. Em Língua Portuguesa a capital paranaense está entre as 25 que alcançaram as metas de aprendizagem. O porcentual em Língua Portuguesa é um pouco maior no estado, de 18,3%, segundo ressalta a chefe do departamento da Educação Básica da Secretaria Estadual de Educação, Mary Lane Hutner. "Apesar disso, o ideal ainda está muito distante", afirma. Para ela, esses dados são interessantes como instrumento de intervenção dos gestores. "Estamos na fase de publicação das diretrizes curriculares do estado, que mostra o caminho para os professores do Paraná atuarem em sala de aula, quais os conteúdos devem ser abordados", diz.

A elaboração das diretrizes contou com a participação direta dos docentes e para Mary Lane é apenas um dos caminhos para melhorar a qualidade da educação no estado. "Estamos investindo em tecnologia pois as escolas precisam ser mais atrativas. Todas as escolas estaduais estão com laboratórios de informática. Melhorar a educação pública não ocorre de um ano para o outro. O fortalecimento é lento, mas acontece", diz.

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