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O ministro da Educação, Milton Ribeiro, acompanhado do presidente do INEP, Danilo Dupas e do delegado do PF, Cléo Mazzotti, e do diretor de Operações dos Correios, Carlos Henrique Ribeiro,  faz balanço do primeiro dia de provas do ENEM 2021.
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, acompanhado do presidente do INEP, Danilo Dupas e do delegado do PF, Cléo Mazzotti, e do diretor de Operações dos Correios, Carlos Henrique Ribeiro, faz balanço do primeiro dia de provas do ENEM 2021.| Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

O primeiro dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021, realizado neste domingo (21) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), ocorreu sem intercorrências "significativas", segundo o Ministério da Educação (MEC).

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Comentaristas consideraram a prova a menos "polêmica", até agora, da gestão Jair Bolsonaro (sem partido). Dias antes do exame, o presidente da República afirmou que esta edição do Enem começaria a ter "a cara do governo".

"Hoje, pudemos ver que toda essa narrativa de partidos de oposição e até meios de comunicação de uma possível interferência na prova não tinha cabimento", disse o ministro da Educação, Milton Ribeiro, em coletiva de imprensa na noite deste domingo.

O titular da pasta rebateu críticas de interferência no exame e afirmou que "se o governo tivesse, de fato, interferido, algumas perguntas talvez não estariam na prova". "Sobre a cara do governo, vocês puderam notar que segue o mesmo padrão nas provas, em nenhum momento podemos discutir quando analisar as questões", disse ele.

"Foi uma narrativa, tentaram politizar a prova e não teve nenhuma interferência. Talvez se tivesse, algumas perguntas talvez não estariam ali", afirmou o ministro.

Intercorrências

Segundo o Inep, o 1º dia de provas não registrou nenhuma intercorrência "significativa", apesar de, neste domingo, a Polícia Federal ter cumprido 27 mandados de prisão de candidatos que realizavam a prova em diferentes lugares do país.

"Vale lembrar que isso não tem nada a ver com a prova, tem a ver com a vida pregressa do candidato", disse Ribeiro sobre as ocorrências. Em Teresina, no Piauí, por exemplo, um candidato do foi preso por ser suspeito de assalto a um banco.

O percentual de abstenção foi de 24%. "Mesmo em pandemia, tivemos uma boa presença", disse Danilo Dupas, presidente do Inep.

O Enem teve 3,1 milhões de inscrições confirmadas nesta edição; trata-se do menor número de adesões desde a edição de 2005. Hoje, os participantes realizaram provas de linguagens, códigos e suas tecnologias, ciências humanas e suas tecnologias. A redação teve como tema a "Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil" - considerado difícil por muitos estudantes e que rendeu "memes" nas redes sociais.

O exame ainda abordou temas como o racismo, erotização da mulher, escravidão, questão indígena, população carcerária brasileira, leitura crítica de notícias e movimentos sociais. A segunda fase ocorrerá no próximo domingo, 28.

Protestos

No Rio de Janeiro, em um dos locais de aplicação da prova, estudantes protestaram contra a atual gerência do Inep. O ato foi realizado na sede da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), no bairro do Maracanã, na zona norte da capital fluminense.

Um pequeno grupo de ativistas segurava cartazes com dizeres como "Pelo direito de estudar" e "Contra a censura e o desmonte do Enem". Recentemente, um grupo de servidores do Inep fez um pedido coletivo de exoneração alegando "fragilidade técnica e administrativa da atual gestão máxima" do órgão. Na ocasião, trinta e sete servidores entregaram os cargos. O Inep, por sua vez, afirmou que a motivação dos servidores seria o corte de gratificações trabalhistas.

Três dias antes da realização do exame, o Tribunal de Contas da União (TCU) abriu um procedimento para apurar possíveis irregularidades na elaboração da prova.

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