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Técnicos administrativos das universidades estaduais do Paraná ameaçam entrar em greve no próximo dia 15 de junho, quando está marcada uma reunião com representantes do governo para negociar mudanças no Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) da categoria. Nesta terça-feira (5), data em que haveria um encontro com representantes do governo que foi desmarcada, os servidores realizam assembleias nas instituições para decidir pela instauração ou não do indicativo de greve.

Em junho do ano passado, o Tribunal de Justiça considerou inconstitucionais alguns artigos da Lei Estadual 15.050 de 2006 que permitiam a mudança de funções dos técnicos e promoções sem concurso público, ferindo o artigo 37 da Constituição Federal. Com a decisão, os técnicos, por outro lado, ficaram sem perspectiva de crescimento na carreira e começaram a exigir que o governo reformulasse o texto de forma que, sem ferir a Lei, garantisse a possibilidade de progressão. Uma proposta estruturada pela categoria foi enviada ao governo no ano passado que foi contestada pela Procuradoria Geral do Estado. O governo ficou então de fazer uma contraproposta aos sindicatos, que até agora não foi apresentada.

"Basicamente queremos que a Lei continue com os artigos que não foram considerados inconstitucionais e que sejam incluídas possibilidades de progressão e alguns benefícios, como auxílio-transporte", explica Marcelo Seabra, do Sindicato dos Servidores Públicos Técnico-Administrativos da Universidade Estadual de Londrina (Assuel). A categoria reivindica ainda, segundo a Assuel, que algumas carreiras como a de Assistente Social ou de Técnico em Radiologia, sejam regulamentadas por Lei Estadual.

Em protesto ao atraso na negociação, os servidores Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) interromperam suas atividades nesta terça-feira (5). A mobilização prevê a distribuição de panfletos com o histórico das negociações com o governo e reuniões da categoria. Devem parar, segundo o sindicato, mais de mil servidores dos campi de Cascavel, Foz do Iguaçu, Toledo, Marechal Cândido Rondon e Francisco Beltrão da Unioeste. Na Universidade Estadual de Londrina (UEL), os técnicos também vão se reunir em assembleia nesta terça-feira (5) para discutir as reivindicações da categoria.

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