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A UEL é uma das 378 principais instituições das 43 nações analisadas pela THE | Arquivo Gazeta do Povo
A UEL é uma das 378 principais instituições das 43 nações analisadas pela THE| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

A Universidade Estadual de Londrina (UEL) é a melhor colocada do Paraná no ranking da revista britânica Times Higher Education (THE)divulgado nesta terça-feira (15)que mede o desempenho das instituições de países emergentes. A UEL aparece empatada com outras instituições nas posições de 251-300, superando seu desempenho no ano passado, quando ficou em 301-350 lugar. Isso significa que a instituição é uma das 378 principais das 43 nações analisadas. 

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Entre os países emergentes, que participam da pesquisa, estão China, Rússia, Taiwan, África do Sul, Malásia, Índia e Emirados Árabes.

A Universidade Federal do Paraná (UFPR), que era a melhor paranaense classificada no ranking, em 2017, na 183º posição, não conseguiu superar a colocação de 2018, quando ficou em 351º, uma queda de 168 posições. Entre os países da América Latina, no entanto, a UFPR é a melhor universidade do estado segundo o último balanço da THE. 

Das outras universidades estaduais que aparecem no ranking, a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) caíram da 251-300 posição para o 351º lugar. A Universidade Estadual de Maringá (UEM) e a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE) permaneceram nas mesmas posições, também em 351º lugar. A Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) aparece pela primeira vez na lista, em 351º lugar.

O ranking de economias emergentes da THE analisou quase 450 universidades de 43 países, em quatro continentes. O levantamento feito pela revista britânica é uma das principais referências em reputação acadêmica. Trinta e seis instituições brasileiras aparecem no estudo - mais do que no ano passado, quando o país tinha 32. Mas 17 universidades brasileiras perderam posições no levantamento.

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Universidades de SP

As instituições estaduais paulistas também perderam posições no ranking. O levantamento da revista britânica mostra a Universidade de São Paulo (USP), a Estadual de Campinas (Unicamp) e a Estadual Paulista (Unesp) em colocações inferiores ao que foi registrado em 2018. 

No entanto, a USP continua na melhor colocação entre as universidades brasileiras, na 15ª posição. No ano passado, estava em 14º e, desde 2017, não alcança o top 10 das universidades com melhores desempenhos. Em seguida, vem a Unicamp, que ficou em 40º lugar, perdendo sete posições em relação a 2018. A Unesp caiu para a 166ª colocação (em 2018, estava em 162º). 

De olho nos rankings internacionais, as universidades estaduais paulistas estão criando “núcleos de inteligência” para monitorar a própria performance acadêmica. Esses núcleos são escritórios ou comissões que fazem a ponte com as agências responsáveis pelas principais avaliações e dão dicas práticas a pesquisadores sobre como melhorar a visibilidade das publicações científicas. 

De modo geral, USP, Unesp e Unicamp têm boas posições ante as demais universidades da América Latina, mas ainda estão bem longe do topo de rankings mundiais, ocupado pelas elites britânica (como Oxford) e americana (Stanford, por exemplo). Também perdem para nações emergentes.

Enquanto isso, outras universidades brasileiras ganharam destaque. É o caso da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que saiu da faixa de 201-250 e subiu para a 119ª posição, com melhoras em todos os indicadores, e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que subiu 23 posições, chegando à 127ª colocação.

Estagnação

Para Ellie Bothwell, editora global de rankings da THE, o cenário brasileiro é de estagnação. A publicação britânica indica que o desempenho do país está ligado a cortes financeiros.

“Como em muitos países da América Latina, o setor de ensino superior do Brasil está sofrendo sérios efeitos colaterais dos contínuos cortes de financiamento”, apontou Ellie. 

Também há maior competitividade. “Outras economias emergentes estão avançando em um ritmo mais acelerado, à medida que cada vez mais as vemos posicionando as instituições no centro de suas estratégias nacionais de crescimento econômico”, disse Ellie. A China é a nação que conquista as melhores posições na tabela (4 das 5 primeiras) e tem a melhor representação: 72 instituições chinesas aparecem no ranking. 

A primeira colocada da lista é a Universidade de Tsinghua, que tomou o lugar ocupado pela Universidade de Pequim no ano passado. Entre as 30 primeiras, também aparecem universidades russas, sul-africanas, turcas, indianas, entre outras. 

Os indicadores avaliados

O ranking de Economias Emergentes da revista britânica THE usa os mesmos 13 indicadores de desempenho analisados no ranking geral de universidades, que avalia mil instituições ao redor do mundo. Para a análise dos países emergentes, no entanto, esses indicadores são calibrados para refletir o contexto das universidades pesquisadas. 

São levadas em consideração áreas como ensino (o ambiente de aprendizagem); pesquisa (volume, rendimento e reputação); citações (influência de pesquisa); perspectiva internacional (equipe, estudantes e pesquisadores); e rendimento da indústria (transferência de conhecimento). 

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