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A imagem mostra o ex-candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, em evento na UnB.
Haddad no evento desta quinta-feira, na UnB. Foto: Reprodução | Facebook.| Foto:

Sob gritos de “Lula Livre”, o ex-candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, convocou estudantes da Universidade de Brasília (UnB), nesta quinta-feira (26), a lutar contra o governo “fascista” de Jair Bolsonaro. O político participou de um evento organizado pelo Centro Acadêmico, “na defesa da democracia em tempos de autoritarismo”, no Centro Comunitário da instituição.

“Eu vim dizer para vocês uma coisa muito importante: vim explicar para vocês por que o Bolsonaro tem tanto medo de vocês. E ele morre de medo de vocês”, disse Haddad.

“Quando houve o golpe de 1964, os universitários brasileiros somavam pouco mais de 200 mil estudantes. E nós já tínhamos 60 milhões de brasileiros. Na proporção, era como se nós tivéssemos alguma coisa em torno 600 mil estudantes universitários hoje. Mas só que vocês são hoje 8 milhões de estudantes. Vocês são um exército muito mais bem armado do que esse bando de picaretas que querem armar a população achando que isso vai significar algum tipo de segurança pública”, continuou.

No discurso, em uma tentativa de defender a produção científica no Brasil, Haddad errou ao falar da quantidade de pesquisa produzida e do seu impacto global. Segundo Haddad, “no melhor ranking nosso” o Brasil estaria em 13º em produção de conhecimento, e “conhecimento tem impacto”.

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Na realidade, apesar de produzir muitos artigos científicos, o Brasil tem impacto ínfimo, principalmente nas áreas de humanas. Em ranking de impacto baseado em dados obtidos do Scimago Journal Ranks, que utiliza a Scopus como base de dados, o Brasil ficou no 53º lugar entre 66 países. Se o recorte for feito só com revistas científicas de Educação brasileira, o Brasil fica em penúltimo lugar entre 54 países.

Haddad também não economizou críticas a Bolsonaro. “Não dá para levar esse governo a sério”, disse. “Qual o pecado que cometemos para merecer um traste desse na Presidência da República? Temos um presidente que não dialoga, que não se coloca empaticamente no lugar daquele pai de família para dizer que a situação vai melhorar”, indagou Haddad. O ex-ministro da educação atacou também os filhos de Bolsonaro. “Eles vivem num mundo opaco, sem brilho, enfadonho e chato, para eles, o Brasil tem que ser branco, rico e hétero. Não sei como procriam”, ironizou.

No final, Haddad convocou os universitários a irem para as ruas para lutar contra “esse governo fascista”. “Eu estou me colocando aqui como soldado nessa causa. No dia que a UnB se sentir prejudicada e se mobilizar em torno de seus interesses, que são interesses nacionais, vocês vão ver que muitos brasileiros, e eu estou entre eles, estarão disponíveis para irem para passeata, para o congresso, para o que vocês precisarem, estarei de braço dado com vocês em defesa da universidade pública”, concluiu.

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