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| Foto: YURI CORTEZAFP

Os estudantes da Universidade de Brasília (UnB) terão uma nova opção de disciplina para cursar nesse semestre: “O golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil”. 

O curso, oferecido pelo Instituto de Ciência Política da universidade, vale quatro créditos acadêmicos. O conteúdo da disciplina se baseia no pressuposto de que o impeachment de Dilma Rousseff promoveu uma “ruptura democrática”. 

São três os objetivos da matéria, ministrada pelo professor Luis Felipe Miguel. O primeiro é “Entender os elementos de fragilidade do sistema político brasileiro que permitiram a ruptura democrática de maio e agosto de 2016, com a deposição da presidente Dilma Rousseff”. 

O segundo: “Analisar o governo presidido por Michel Temer e investigar o que sua agenda de retrocesso nos direitos e restrição às liberdades diz sobre a relação entre as desigualdades sociais e o sistema político no Brasil”. 

O terceiro: “Perscrutar os desdobramentos da crise em curso e as possibilidades de reforço da resistência popular e de restabelecimento do Estado de direito e da democracia política no Brasil”. 

Na bibliografia, estão livros e artigos sobre o golpe de 1964, o “lulismo e a promoção da paz social” e a “ascensão do parafascismo”. Entre as fontes que devem ser estudadas, estão textos de publicações de esquerda como Carta Capital, o Blog do Sakamoto, Opera Mundi e Sul21. 

Para ser aprovado no curso, é preciso apresentar quatro trabalhos, de até 40 linhas, sobre o conteúdo estudado ao longo do semestre. Uma exigência: os trabalhos devem “incorporar as leituras indicadas”.

Resposta

Procurada pela Gazeta do Povo, a Universidade de Brasília afirmou que “a proposta de criação de disciplinas, bem como suas respectivas ementas, é de responsabilidade das unidades acadêmicas, que têm autonomia para propor e aprovar conteúdos, em seus órgãos colegiados”.

O texto acrescenta ainda que a disciplina é facultativa e assegura ter compromisso com a liberdade de expressão e opinião. 

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