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Em todo o estado de São Paulo, 1,1 milhão de candidatos se inscreveram para a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). São 1,2 mil locais de provas, espalhados pelos 206 municípios paulistas.

Na Universidade Paulista (Unip) do Jaguaré, zona oeste da capital, os portões foram abertos às 12 horas, e a entrada dos candidatos foi tranquila. Pelo menos 15 candidatos atrasados foram contados no local. Alguns deles tentavam argumentar em vão para tentar entrar. Outros choravam.

Com apenas 2 minutos de atraso, Bruna Rodrigues, de 20 anos, foi uma das que perderam a prova. Ela contou que mora no bairro Parada de Taipas, na zona oeste, e teve de usar dois ônibus para chegar até o local do exame. "Tinha muito trânsito e era muito longe da casa", disse. Bruna, que trabalha como atendente de telemarketing e estuda sozinha para ingressar em uma faculdade tem como foco o vestibular da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp).

Em alguns locais de prova da capital paulista, candidatos atrasados reclamaram do fechamento antecipado do portão. Uma estudante de 16 anos, que deveria fazer a prova no prédio de mestrado de direito da FMU, na região da Liberdade, afirmou que os portões fecharam um minuto antes das 13 horas. Ela disse que não conhecia bem a região e ligou para o 190 após um segurança da escola ameaçar chamar a polícia, devido sua insistência em entrar.

Por volta das 13h45, a garota continuava na frente da escola, com outros candidatos que também perderam a prova. A polícia ainda não havia aparecido. "Nunca gostei desse negócio de quebra-quebra, mas hoje tive vontade de quebrar tudo", afirmou João Batista de Oliveira, 44, que acompanhava a filha de 17 anos.

Muitos dos candidatos gritaram pelos seguranças e pelos coordenadores dos três prédios da FMU. "Porque não colocaram a prova perto de casa? São Paulo é uma loucura. Não consegui chegar", afirmou Joelia dos Santos Cruz, 30 anos.

Na Barra Funda, Amanda Macedo de Paula, 17 anos, chorava ao telefone após chegar um minuto atrasada. Essa seria a terceira vez que ela faria o Enem e ela pretendia pleitear uma bolsa do Prouni. Ela já estuda administração na Unip, mas lamenta estar sendo difícil pagar as mensalidades. "Agora vou ter que prestar o vestibular e trabalhar muito no ano que vem para pagar a faculdade. O Fies não ajuda, o juro é absurdo, você sai com uma dívida absurda", disse, chorando.

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