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Paralisação

Cronograma do Pró-UFPR é afetado

Jônatas Dias Lima

O Movimento Pró-UFPR, que pretende arrecadar recursos para o restauro do prédio histórico da universidade, também foi afetado pela greve dos servidores e teve seu cronograma de metas adiado. O projeto de revitalização deveria ser encaminhado ao Ministério da Cultura e ao Ministério da Educação neste mês, mas ainda não foi concluído. Segundo o reitor da UFPR, Zaki Akel Sobrinho, a retomada da campanha está programada para setembro. A iniciativa envolve a Associação Comercial do Paraná (ACP), a Federação do Comércio (Fecomércio), ex-alunos e ex-professores.

Corredor cultural

Além da reforma no edifício da Praça Santos Andrade, prevista na primeira fase do projeto, o chamado Corredor Cultural, trajeto que liga a Reitoria ao prédio histórico, também receberá melhorias.

De acordo com o reitor, até 19 de dezembro de 2012, quando a UFPR comemora seu centenário, estarão prontas a nova pintura e iluminação da fachada do prédio histórico, a restauração do salão nobre do curso de Direito e a adaptação de uma rampa de acesso a cadeirantes que deve ser instalada na entrada lateral do edifício, na Rua Alfredo Bufren.

Uma nova campanha publicitária deve ser lançada no mês que vem, incluindo um vídeo de divulgação, que será transmitido por canais de tevê locais, e o site oficial do movimento.

O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) da Univer­­sidade Federal do Paraná (UFPR) decidiu ontem retomar o calendário acadêmico na próxima segunda-feira. Com isso, as aulas e demais serviços da instituição poderiam ser liberados já na semana que vem aos "alunos, funcionários e professores que quiserem voltar às atividades", de acordo com a universidade.No entanto, os docentes e servidores da universidade continuam em greve, o que indica que a retomada do calendário possa não representar a volta efetiva das aulas, como defende o secretário-geral da Associação dos Professores da UFPR (APUFPR), Rogério Gomes.

De acordo com ele, o movimento dos professores "está muito forte" e ainda não teve suas reivindicações atendidas nem local nem nacionalmente. Gomes conta que na terça-feira a reitoria entregou uma proposta para atender às reivindicações dos professores, mas ela não chegou a ser aprovada.

A discussão nacional em torno do reajuste de salários da categoria também está parada. Nesta semana, foi rejeitado um aumento de 4% proposto pelo governo federal. A exigência do movimento grevista é de um reajuste maior, de 50%, no piso da categoria, de acordo com Rogério Gomes.

Sem uma solução, os professores devem continuar paralisados. "O calendário será reiniciado, mas sem professor em sala de aula, sem funcionamento da universidade", resume Gomes. Já os servidores da UFPR de­­vem decidir se aderem ou não à retomada das aulas somente hoje, em assembleia marcada para as 10 horas.

De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Traba­­lhadores em Educação do Ter­­ceiro Grau Público de Cu­­ritiba, Região Metro­­politana e Litoral do Estado do Paraná (Sinditest), Antônio de Souza, a posição do órgão será a de "lutar pela continuação da paralisação", durante a assembleia de amanhã.

"O Cepe tomou a decisão dele hoje [ontem], nós vamos tomar a nossa [decisão de voltar ou não às aulas] amanhã [hoje]. O sindicato irá defender a manutenção da greve, mas a decisão é de toda a categoria", afirmou Souza.

Ele também comentou que não haveria a possibilidade de uma volta parcial dos servidores para as atividades. "Greve é greve e inclui todo o movimento, todos os servidores. E é isso que será decidido amanhã [hoje]: se voltam todos ou se não volta ninguém", afirmou Souza.

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