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Viradas históricas nas eleições brasileiras
Urna eletrônica preparada para as eleições de 2020: neste ano haverá alguma virada histórica?| Foto: TSE/divulgação

As eleições brasileiras são marcadas por viradas, algumas de última hora, outras realizadas entre o primeiro e o segundo turno. Confira uma lista de eleições municipais e estaduais que surpreenderam os prognósticos.

1. Edison Lobão (governo do Maranhão - 1990)

Edson Lobão. Foto: Antonio Cruz/ABr
Edson Lobão. Foto: Antonio Cruz/ABr| GAZETA

A eleição de 1990 para o governo do Maranhão foi marcada por um resultado que no primeiro turno parecia inesperado. O candidato do PRN, João Castelo, fez 46% dos votos contra 35% de Edison Lobão, o candidato do PFL. No segundo turno, Lobão reverteu a situação e se elegeu com 54% das preferências.

2. Luiz Antônio Fleury (governo de São Paulo - 1990)

Luiz Antonio Fleury. Foto: Valter Campanato/ABr
Luiz Antonio Fleury. Foto: Valter Campanato/ABr| GAZETA

São Paulo foi palco de uma virada nas eleições estaduais de 1990, quando Paulo Maluf (PDS) fez 43% dos votos no primeiro turno, contra 28% de Luiz Antônio Fleury, candidato do então PMDB. No segundo turno, Fleury reverteu o cenário e se elegeu com 52% das preferências.

3. Cesar Maia (prefeitura do Rio de Janeiro - 1992 e 2000)

Cesar Maia
Cesar Maia.| Divulgação.

O ex-prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia, protagonizou uma virada entre o primeiro e o segundo turno na eleição municipal de 1992. Ele repetiu o feito em 2000. No primeiro turno de 1992, o então candidato do PMDB (hoje MDB) foi o segundo colocado com 22% dos votos, atrás da candidata do PT, Benedita Silva, que teve 33% das preferências. No segundo turno, Maia virou o jogo e se elegeu com 52% dos votos.

As eleições municipais de 2000 foram marcadas novamente por uma virada de Maia. Faltando dois dias para o primeiro turno, as pesquisas apontavam que o candidato, então no PTB, somava 21% das preferências, ante 42% do principal adversário, Luiz Paulo Conde (PFL). De fato, no primeiro turno, Conde fez mais votos (35%) que Maia (23%). Mas, no segundo turno, Maia virou o jogo e se elegeu com 51% das preferências.

4. Paulo Afonso Vieira (governo de Santa Catarina - 1994)

Paulo Afonso Vieira
Paulo Afonso Vieira

A eleição para o governo de Santa Catarina em 1994 foi decidida por apenas 41 mil votos. Na época, Ângela Amin (PPR) liderou o primeiro turno com 46% das preferências, contra 34% de Paulo Afonso Vieira (PMDB). No segundo turno, Vieira se elegeu com 50,80% dos votos válidos.

5. João Paulo (prefeitura do Recife - 2000)

João Paulo. Foto; Arquivo/Gazeta do Povo
João Paulo. Foto; Arquivo/Gazeta do Povo| GAZETA

Considerado uma “zebra” daquela eleição, o candidato do PT, João Paulo, conquistou o comando da prefeitura de Recife pela primeira vez em 2000. Ele acabou se reelegendo e ainda fez seu sucessor, João da Costa, também do PT.

Naquelas eleições municipais de 2000, João Paulo fez 36% dos votos no primeiro turno. Roberto Magalhães (PFL), com 49,42%, não se elegeu por pouco. No segundo turno, João Paulo virou o jogo e se elegeu prefeito da capital pernambucana com 50,38% das preferências, com uma diferença de apenas 5.835 votos sobre o adversário.

6. Roberto Requião (governo do Paraná - 2002)

roberto requião
Roberto Requião.| Divulgação.

Nas eleições para o governo do Paraná, em 2002, Roberto Requião (PMDB) conseguiu uma virada entre o primeiro e o segundo turno. Alvaro Dias (PDT) liderou no turno inicial com 31% das preferências, contra 26% de Requião. O segundo turno terminou com uma vantagem ampla de Requião, que se elegeu com 55% dos votos.

7. Jackson Lago (governo do Maranhão - 2006)

Jackson Lago. Foto: ABr
Jackson Lago. Foto: ABr| GAZETA

O Maranhão foi palco de mais uma virada em 2006. Naquela eleição para o governo estadual, Roseana Sarney (PFL) somou 47% dos votos no primeiro turno, contra 34% de Jackson Lago (PDT). No segundo turno, Lago derrotou Roseana e foi eleito com 52% das preferências.

8. Antonio Anastasia (governo de Minas Gerais - 2010)

Antônio Anastasia. Foto: Elza Fiúza/ABr
Antônio Anastasia. Foto: Elza Fiúza/ABr| GAZETA

O então governador mineiro, Antonio Anastasia (PSDB), buscava a reeleição em 2010, num cenário desfavorável. Em março de 2009, ele somava 5% das intenções de voto na pesquisa Datafolha. A partir daquele momento, começou uma disparada que o elegeu no primeiro turno.

Em agosto de 2010, as preferências haviam subido para 29% e duas semanas depois, faltando cerca de 15 dias para o pleito, as intenções de voto totalizavam 46%. No dia 3 de outubro, Anastasia derrotou Hélio Costa (PMDB), com 63% dos votos contra 34%. Costa viu sua popularidade murchar ao longo da campanha, passando de 46% das preferências para 33%.

9. Fernando Haddad (prefeitura de São Paulo - 2012)

Fernando Haddad (PT). Foto: Daniel Ramalho/AFP
Fernando Haddad (PT). Foto: Daniel Ramalho/AFP| AFP

Nas eleições municipais de 2012, o candidato petista, Fernando Haddad, aparecia com 3% das intenções de voto na pré-campanha. Faltando cerca de dois meses para o segundo turno, Haddad somava apenas 7% nas pesquisas, bem distanciado de José Serra (PSDB) e Celso Russomanno (PRB), respectivamente com 30% e 26% das preferências.

À medida que a candidatura de Haddad crescia nas pesquisas, as de Serra e Russomanno murchavam. Às vésperas do primeiro turno, os três apareciam empatados com 22% das intenções de voto. O primeiro turno terminou com uma vantagem apertada de Serra (31%) contra Haddad (29%). No segundo turno, o petista levou a eleição derrotando o tucano com 56% dos votos.

10. Gustavo Fruet (prefeitura de Curitiba - 2012)

Gustavo Fruet
Gustavo Fruet| Divulgação/PDT

Em 2012, o candidato do PDT, Gustavo Fruet, foi eleito prefeito de Curitiba no segundo turno com 60% dos votos. Sua eleição foi surpreendente porque as pesquisas apontam que o candidato não teria chance nem de superar o primeiro turno.

No primeiro turno, Fruet fez 27,3% dos votos, ante 26,7% do candidato do PSB, Luciano Ducci. Foi uma margem apertada que o levou ao segundo turno contra o candidato do PSC, Ratinho Jr. As pesquisas apontavam que o segundo turno se daria entre Ratinho Jr. e Ducci, mas não foi o que aconteceu.

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