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Presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar desistiu de sua candidatura ao Planalto e ampliou os ruídos internos do partido| Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O deputado federal Luciano Bivar (União Brasil) desistiu neste domingo (31) de disputar a eleição para presidente da República. Ele chegou a ser anunciado pelo partido como pré-candidato, mas disse, na convenção estadual do diretório de Pernambuco, seu estado, que vai tentar a reeleição na Câmara dos Deputados.

"Resolvi voltar e continuar na Câmara Federal com ajuda de vocês para que a gente possa continuar presidindo o partido com a força que tem nosso partido, nossos parlamentares e todos os que compõem o União Brasil", disse Bivar durante discurso no evento.

Bivar também apontou que irá apoiar uma candidatura própria do partido à presidência da República. A senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS) é favorita para ser escolhida pela direção da legenda.

Quem é Luciano Bivar

Deputado federal pelo segundo mandato, ele não é novato em corridas presidenciais. Em 2006, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi reeleito, Bivar concorreu ao cargo máximo do Executivo, em uma chapa pura, e acabou ficando em último lugar entre os sete candidatos, tendo conquistado apenas 62.064 votos. Na época, sua campanha se apoiou em ideias como o Imposto Único Federal e a implantação de "miniquartéis" em todas as favelas do Brasil.

A entrada na política ocorreu em 1998, quando foi eleito deputado federal por Pernambuco, seu estado natal. Neste mandato, participou da CPI da CBF/Nike, que investigava os contratos entre a Confederação Brasileira de Futebol e a companhia de produtos esportivos – que acabou sem um relatório final.

Em 2000 foi eleito vice-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, mas nunca chegou a assumir o cargo. Ele só retornou a um cargo eletivo em 2017, ao assumir a cadeira deixada pelo deputado federal Kaio Maniçoba, que tinha entrado para o governo de Pernambuco. Em 2018, foi eleito para a Casa pelo PSL –na época, mesmo partido do presidente Jair Bolsonaro.

Bivar presidiu o PSL desde o seu registro, em 1998, até a fusão com o DEM no ano passado para a criação do União Brasil, legenda que agora preside. Houve apenas um hiato em 2018, durante a campanha eleitoral, quando Gustavo Bebianno assumiu o comando da sigla. Foi o próprio Bivar que levou o então deputado federal Bolsonaro ao PSL em 2018. Na época, a filiação do futuro presidente era rejeitada por uma ala mais liberal do partido, mas Bivar acabou contornando a resistência. Em 2019, porém, uma disputa interna pelo controle do PSL fez com que Bolsonaro deixasse a legenda.

Antes de entrar para a política, Luciano Bivar já era uma figura pública conhecida: presidiu por várias vezes o clube de futebol Sport Recife desde 1989. Em 2013, em seu último mandato à frente do time, admitiu ter subornado membros da CBF em 2001 para que o volante Leomar, do Sport, fosse convocado para a seleção brasileira – o que costuma valorizar o passe dos atletas, garantindo lucros futuros ao clube.

Bivar também é bacharel em Direito, com pós-graduação em Educação Financeira e Direito Comparado, e escritor. Seu livro mais recente, lançado em 2019, é um romance intitulado “'50 formas de amar. Uma é matar” (Editora Althaea Books). Em outro livro, escrito por ele em 2006, Bivar defendeu a legalização do aborto, da eutanásia e a diminuição dos gastos com as Forças Armadas.

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