O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez uma live nas redes sociais com o deputado federal André Janones (Avante-MG) na manhã deste sábado (13) para garantir que, se eleito, irá manter o auxílio de R$ 600 em 2023. Janones voltou a afirmar durante a transmissão ao vivo que o presidente Jair Bolsonaro (PL) não dará continuidade ao benefício com este valor no ano que vem.
O deputado afirmou que Bolsonaro "determinou, de forma indireta, o fim do Auxílio Emergencial". "Ele teria o poder de optar que o auxílio continuasse depois de dezembro, mas não", disse Janones. Ele fez referência à PEC dos Benefícios, que determinou o aumento de R$ 400 para R$ 600 das parcelas do Auxílio Brasil até dezembro deste ano. "Enquanto você não acabar com a miséria nesse país, não tem como acabar com o auxílio emergencial", disse Lula.
"Além do Bolsonaro ter criado uma PEC para criar um estado emergencial para poder garantir o Auxílio Emergencial ele só garantiu até dezembro, porque depois de dezembro acabaram os interesses eleitorais", afirmou Lula. "Bolsonaro poderia ter criado isso seis meses atrás, um ano atrás. Ele deixou para criar perto das eleições que é para poder garantir uma ajuda na campanha", continuou o ex-presidente.
O ex-presidente se referiu ao benefício de transferência de renda como "Auxílio Emergencial". Este programa foi criado em 2020 com a pandemia da Covid-19 no valor de R$ 600 e foi pago até o final do ano passado. Atualmente, o benefício em vigor é o Auxílio Brasil, criado pelo governo para substituir o Bolsa Família, que prevê pagamentos mensais de R$ 400.
Com a PEC dos Benefícios, que estabelece o estado de emergência, o governo pagará R$ 200 a mais nas parcelas do Auxílio Brasil até dezembro.
Bolsonaro reagiu às declarações de Janones e Lula durante entrevista ao canal de YouTube Cara a Tapa, informou o jornal O Globo. O mandatário afirmou que já acertou com o ministro da Economia, Paulo Guedes, a continuação do valor no próximo ano, sem detalhar como isso será feito.
"Agora foi aprovado mais R$ 200 até dezembro. R$ 600 reais. O que já conversei com o Paulo Guedes? PG, dá para manter esse 200 a mais no ano que vem? Ele falou: ‘dá, se fizer isso, isso, e isso’. Então, vai ser mantido os 600 reais de auxílio emergencial no ano que vem", disse o chefe do Executivo.
No plano de governo registrado no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Bolsonaro cita que "um dos compromissos prioritários do governo reeleito será a manutenção do valor de R$ 600 para o Auxílio Brasil a partir de janeiro de 2023".
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