• Carregando...
Pesquisas eleitorais crescem em 2022; conheça a metodologia dos principais institutos
TSE afirmou que as propostas das Forças Armadas para o processo eleitoral receberam, como dezenas de outras sugestões, os devidos encaminhamentos, que respeitaram a legislação eleitoral em vigor.| Foto: Abdias Pinheiro/TSE

As eleições de 2022 estão chegando com um número maior de institutos de pesquisas registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e com mais levantamentos de intenção de voto para os pleitos estaduais e nacional.

Só em junho, 47 pesquisas foram registradas, sendo 19 voltadas para a eleição presidencial (incluindo pesquisas para presidente nos estados) feitas por 13 institutos diferentes. Como comparação, no mesmo mês de 2018 foram registradas 41 pesquisas, sendo dez presidenciais feitas por cinco empresas, segundo consta no site do TSE.

"Se olharmos no longo prazo, vemos que não é de hoje este aumento dos institutos de pesquisa. Com a popularização das novas TICs (tecnologias da informação e da comunicação), principalmente por meio da telefonia celular que está praticamente universalizada no país, é possível fazer pesquisas com uma fração do custo, embora a confiabilidade dessas pesquisas ainda suscite discussões", explica o cientista político Rodrigo Horochovski, professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

As eleições de 2022 também contam com um fator histórico para os pleitos nacionais, sendo a primeira vez que dois candidatos que já foram presidente da República se enfrentam na busca por um novo mandato nesse cargo.

"Pesquisas são importantíssimas para o processo eleitoral. Elas fornecem informação essencial aos partidos e candidatos na montagem de estratégias de campanha e, não há como negar, influenciam o comportamento de uma parcela do eleitorado. No entanto, elas mais indicam tendências do que acontece na sociedade do que determinam o resultado das eleições", prossegue Horochovski.

Cada instituto adota uma metodologia própria para a realização das pesquisas, seja na definição dos eleitores que serão entrevistados, passando pela coleta das informações e pela análise desses dados.

Essas informações, como os questionários aplicados e a lista de cidades onde as entrevistas foram feitas, são repassadas pelas empresas ao TSE, onde precisam ser registradas, e ficam disponíveis no site da justiça eleitoral para consulta – a lista das cidades deve ser informada até um dia depois da divulgação da pesquisa.

Confira a seguir os protocolos adotados por algumas das principais empresas do setor em atuação no Brasil: Datafolha, FSB Pesquisa, Ideia, Ipespe, Quaest, Paraná Pesquisas e PoderData.

Datafolha

Seleção e estratificação das amostras

O Datafolha entrevista cerca de 2,5 mil eleitores (maiores de 16 anos) nas pesquisas eleitorais que realiza. A amostra é representativa dos cerca de 156 milhões de eleitores brasileiros, portanto, segue uma estratificação proporcional às características dessa população, levando em consideração região, idade e sexo.

Nos levantamentos nacionais ou estaduais, primeiro são sorteados os municípios que farão parte do levantamento, de acordo com um plano amostral estabelecido; depois, os bairros e pontos onde serão aplicadas as entrevistas. Para a estratificação por região são utilizados dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A cada nova amostra de pesquisa eleitoral, é feito um novo sorteio de cidades e pontos de abordagem, portanto o conjunto de cidades e bairros é sempre diferente. Porém, as amostras podem ou não repetir municípios e bairros. Alguns, como as principais capitais do país, sempre farão parte da amostra, segundo a empresa.

As cotas referentes ao sexo e faixa etária dos entrevistados são feitas na última etapa da seleção do entrevistado, com dados obtidos junto ao IBGE e Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Qual é a margem de erro?

A margem de erro das pesquisas eleitorais nacionais do Datafolha é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. A empresa explica que isso quer dizer que cada um dos resultados (porcentagens) observados na amostra pode apresentar variações em relação à população de no máximo dois pontos percentuais.

A margem de erro varia de acordo com o percentual obtido por cada candidato. O Datafolha informa a margem de erro "máxima", isto é, a margem de erro para percentuais próximos a 50%. Quanto mais distante de 50% for o percentual obtido por um candidato, menor será a margem de erro.

Como é aplicado o questionário?

O Datafolha realiza as entrevistas pessoalmente, fazendo abordagens em pontos de fluxo nas ruas, devido à dificuldade de "ter acesso a residências localizadas em condomínios, edifícios ou favelas". As entrevistas são realizadas mediante aplicação de questionário estruturado, com cerca de 25 minutos de duração.

O instituto também faz a checagem simultânea dos questionários no momento das entrevistas e, posteriormente, por telefone, cobrindo, no mínimo, 30% do material de cada entrevistador.

O que é perguntado no levantamento?

Em pesquisas eleitorais o Datafolha adota o procedimento de não fazer perguntas que estimulem nomes dos candidatos, partidos políticos ou avaliações de governo antes de questões sobre intenção de voto.

No questionário mais recente aplicado, a primeira pergunta é "em quem você pretende votar para presidente em outubro?", sem que opções de candidatos sejam apresentadas ao entrevistado. Posteriormente, a mesma pergunta é feita, mas dessa vez, os nomes dos candidatos são apresentados ao entrevistado em um cartão em formato de disco.

O Datafolha também perguntou, neste último levantamento (cujo questionário pode ser baixado no site do TSE ao buscar pelo registro BR-01192/2022), sobre segunda opção de voto, potencial eleitoral e rejeição dos candidatos, intenção de voto para o segundo turno, avaliação do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), nível de confiança nas declarações do presidente, principal problema do país, desempenho dos parlamentares e dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), percepção de corrupção no governo Bolsonaro, confiança nas urnas eletrônicas e até mesmo se o presidente vai "tentar dar um golpe de Estado".

Nem todas essas perguntas são sempre feitas nos questionários. Algumas, como a última citada no parágrafo acima, são feitas porque são temas que estão sendo comentados na imprensa e pela sociedade. Outro exemplo: perguntas sobre a Copa do Mundo de futebol também foram incluídas neste mesmo levantamento, segundo o questionários que consta no site do TSE.

Quem é o responsável pelo instituto e quem é o contratante das pesquisas?

O Datafolha é uma empresa membro do grupo do jornal Folha de São Paulo, cujo proprietário é o empresário Luiz Frias.

A empresa afirma que não faz pesquisas sob encomenda para políticos ou partidos e salienta que todos os levantamentos são realizados para divulgação e uso público de grandes veículos de comunicação. Quando um meio de comunicação contrata uma pesquisa eleitoral do instituto, uma de suas obrigações é tornar público o resultado desse levantamento.

FSB Pesquisa

Seleção das amostras

As amostras das pesquisas da FSB são representativas do eleitorado brasileiro e selecionadas aleatoriamente a partir do cadastro de todos os telefones fixos e móveis existentes de acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

A técnica de seleção dos entrevistados é a aleatória estratificada por DDD, em uma amostra com margem de erro estimada de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um intervalo de confiança de 95%.

A amostra é controlada a partir de cinco variáveis: (a) região; (b) tipo de telefonia (fixo e móvel), (c) sexo, (d) idade e (e) escolaridade. Para construção da amostra, são usados como referência os dados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (PNAD) do quarto trimestre de 2021.

A distribuição amostral esperada é a seguinte: Centro-Oeste (7,6%), Nordeste (26,4%), Norte (8,2%), Sudeste (43,2%), Sul (14,5%), Telefonia Fixa (20,0%), Telefonia Móvel (80,0%), Masculino (48,2%), Feminino (51,8%), 16 a 24 anos (17,6%), 25 a 44 anos (40,4%), 45 a 59 anos (23,0%), 60 anos ou mais (19,0%), Até Fundamental Completo (38,8%), Ensino Médio Incompleto e Completo (39,5%), Ensino Superior Incompleto ou mais e ensino superior (21,7%).

Os entrevistados são selecionados aleatoriamente a partir do sorteio de todos os números de telefones fixos e móveis disponibilizados pela Anatel para comercialização.

Para enquadramento dos entrevistados no perfil da amostra, o questionário inicia-se com perguntas de perfil, onde são mensuradas as características sociodemográficas dos indivíduos. Caso a cota de algum entrevistado já tenha sido cumprida, o questionário é automaticamente encerrado e a entrevista não é finalizada. Dessa forma, todas as pessoas com pelo menos um número de telefone têm chance de serem sorteadas para participar da pesquisa.

Segundo a empresa, ao final de cada rodada, os dados são pós-estratificados para correção de eventuais diferenças entre o planejado na amostra e o observado pelo trabalho de campo. São levadas em consideração todas as variáveis descritas para definição do plano amostral, além de variáveis como pessoas dentro e fora da força de trabalho, voto para presidente no segundo turno de 2018 e renda familiar mensal.

Seleção das cidades

As cidades são sorteadas aleatoriamente conforme o DDD do entrevistado. Usualmente, são realizadas entrevistas em mais de 700 municípios.

Como é aplicado o questionário?

Todas as entrevistas são coletadas por telefone e aplicadas por pesquisadores. A FSB afirma que o controle de qualidade e verificação das entrevistas é realizado durante o campo, por equipe de auditoria responsável pela fiscalização de cerca de 20% dos questionários aplicados durante o trabalho de campo. Essa etapa é assistida por meio de software que leva em consideração a adequação das entrevistas ao fluxo do questionário para conferência e fiscalização dos dados coletados durante o campo da pesquisa.

Os questionários são lidos pelo entrevistador para todos os pesquisados, levando em consideração o fluxo do questionário registrado no TSE. Nas perguntas sobre intenção de voto, todos os nomes dos candidatos são lidos de forma randomizada (ou seja, aleatória), para evitar vieses de ordenamento dos nomes na aplicação da pesquisa.

O que é perguntado no levantamento?

Além da intenção de voto (espontânea e estimulada), as pesquisas do Instituto FSB costumeiramente também abordam sobre cenários de segundo turno, potencial e rejeição de voto, probabilidade de comparecimento às urnas, avaliação e aprovação do governo federal, além de mapear percepções sobre o cenário econômico. Todos os questionários podem ser acessados na íntegra nos respectivos registros das pesquisas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Quem é o responsável pelo instituto e quem é o contratante das pesquisas?

O estatístico responsável pelas amostras da pesquisa é o Neale Ahmed El-Dash, registrado no Conselho Regional de Estatística sob número 8556-A. A direção técnica da pesquisa é feita por Marcelo Tokarski, jornalista e sócio-diretor do Instituto FSB Pesquisa, e André Jácomo, cientista político e diretor do Instituto FSB Pesquisa.

As pesquisas divulgadas pelo FSB Pesquisa são contratadas pelo Banco BTG Pactual.

Ideia

Seleção das amostras

O Ideia realiza 1.500 entrevistas, com cotas variáveis, segundo a distribuição da população e por região.

São entrevistados eleitores homens e mulheres, em grupos de idade com 16-24, 25-34, 35-44, 45-59 e acima de 60 anos, das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil. As proporções das variáveis são definidas com base nas pesquisas Pnad 2021 e Censo 2010/IBGE, de acordo com o objeto de estudo.

Há filtragem em todos os questionários após a realização das entrevistas. São checados, no mínimo, 30% dos questionários. Antes do processamento final e da emissão dos resultados, realiza-se o processo de consistência dos dados.

Margem de erro

As pesquisas tem um grau de confiança igual a 95%, ou seja, se ela for realizada 100 vezes, em 95 vezes o resultado será o mesmo. Já a margem de erro máxima prevista é de aproximadamente 3 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Como é aplicado o questionário?

As entrevistas são feitas por telefone, com utilização de um questionário computadorizado que é aplicado por uma equipe de entrevistadores contratados. As chamadas são realizadas para telefones celulares e fixos.

O que é perguntado no levantamento?

Além do questionário espontâneo e estimulado para intenções de voto, o Instituto Ideia pergunta aos eleitores sobre avaliação do mandato presidencial, rejeição aos candidatos, questões sociais como o recebimento do Auxílio Brasil e principais responsabilidade de um presidente durante o exercício.

Quem é o responsável pelo instituto e quem é o contratante das pesquisas?

As pesquisas do instituto têm sido encomendadas pela Revista Exame nos meses que antecedem às eleições de 2022. Maurício Moura é fundador e diretor-executivo da empresa.

Ipespe

Seleção das amostras

No último levantamento divulgado, em 25 de julho, o Ipespe aumentou a amostra de suas pesquisas eleitorais nacionais para 2.000 entrevistados – anteriormente eram mil. Essa amostra, segundo a empresa, é representativa do eleitorado brasileiro, acima dos 16 anos, de todas as regiões do Brasil, com cotas de sexo, idade e localidade. A empresa também informa que controla a amostra por instrução, renda e voto nas eleições presidenciais de 2018.

Margem de erro

Com esse novo tamanho de amostra, a margem de erro máximo estimada é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos, com um intervalo de confiança de 95,5% (anteriormente a margem de erro era 3,2 pontos percentuais).

O que é perguntado no levantamento?

Além do questionário espontâneo e estimulado para intenções de voto, o Ipespe ainda analisa a avaliação dos eleitores sobre o mandato presidencial, a condução do país durante a pandemia da Covid-19 e a economia no Brasil, o interesse dos entrevistados para as eleições deste ano, a rejeição aos candidatos e como informações sobre política chegam ao público.

Quem é o responsável pelo instituto e quem é o contratante das pesquisas?

As pesquisas do Ipespe, localizado em Recife (PE), têm sido encomendadas pela XP Investimentos nos meses que antecedem às eleições de 2022, mas o Ipespe declarou estar aberto para outras parcerias ao longo do ano eleitoral.

Quaest

Seleção das amostras

São realizadas 2 mil entrevistas com eleitores de 16 anos ou mais.

A amostragem é estratificada em três estágios, segundo a empresa. No primeiro são sorteados 120 municípios através do método PPT (Probabilidade Proporcional ao Tamanho), com base na população acima de 16 anos. No segundo estágio, são sorteados setores censitários a partir do tamanho da população por setor. No terceiro estágio, é definido um número fixo de habitantes a ser entrevistado, em cada setor, segundo as cotas de região, sexo, faixa etária, grau de instrução, renda familiar e População Economicamente Ativa (PEA).

A Quaest também informa que faz uma pós-estratificação dos entrevistados, utilizando um algoritmo para todos os parâmetros que divergiram mais de 1% em relação aos dados de referência do registro da pesquisa.

Margem de erro

A pesquisa tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos, com 95% de nível de confiança.

Como é aplicado o questionário?

A coleta de dados é realizada por meio de entrevistas face-a-face aplicação.

O que é perguntado no levantamento?

Além do questionário espontâneo e estimulado para intenções de voto, a Quaest pergunta sobre a avaliação dos eleitores sobre o mandato presidencial, a condução do país durante a pandemia da Covid-19, a economia nacional, sobre os principais problemas enfrentados pela população brasileira, a definição do voto para a eleição, a rejeição aos candidatos e sobre como as informações sobre política chegam ao público.

Quem é o responsável pelo instituto e quem é o contratante das pesquisas?

As pesquisas da Quaest, localizada em Belo Horizonte (MG), têm sido encomendadas pela Genial Investimentos nos meses que antecedem às eleições de 2022.

Paraná Pesquisas

Seleção da amostra

Os levantamentos nacionais do Paraná Pesquisas têm uma amostra de 2.020 eleitores, que é estratificada segundo gênero, faixa etária, grau de escolaridade, renda domiciliar mensal e posição geográfica.

A amostra é representativa do eleitorado da área pesquisada e é selecionada em três etapas. Na primeira, é realizado um sorteio probabilístico dos municípios onde as entrevistas serão realizadas, através do método de Probabilidade Proporcional ao Tamanho (PPT).

Na segunda etapa, é realizado um sorteio probabilístico das localidades. Na terceira etapa, a seleção do entrevistado dentro da localidade, é feita utilizando-se quotas amostrais proporcionais, em função das seguintes variáveis: gênero, faixa etária, escolaridade e renda domiciliar mensal, de acordo com dados do Censo de 2010 e do TSE.

Margem de erro

Segundo instituto, as pesquisas apresentam um grau de confiança de 95% para uma margem estimada de erro de 2,2% para os resultados gerais.

Nas análises por regiões, a margem de erro é maior: 3,4% para o estrato do Sudeste; 4,3% para o Nordeste, 5,7% para o estrato das regiões Norte e Centro-Oeste (juntas) e 5,8% para o estrato da Região Sul, onde foram realizadas 298 entrevistas.

Como é aplicado o questionário?

O trabalho de levantamento dos dados é feito através de entrevistas pessoais, onde o entrevistador vai na casa dos eleitores sorteados.

O que é perguntado no levantamento?

Além do questionário espontâneo e estimulado para intenções de voto, o Paraná Pesquisas ainda analisa a avaliação dos eleitores sobre o mandato presidencial e a motivação dos eleitores votarem em outubro.

Quem é o responsável pelo instituto e quem é o contratante das pesquisas?

O Paraná Pesquisas tem como proprietário o empresário Murilo Hidalgo. As pesquisas nacionais estão sendo encomendadas pela corretora BGC Liquidez.

PoderData

Seleção da amostra

O PoderData vem fazendo apenas pesquisas nacionais e o tamanho da amostra normalmente é de 3.000 eleitores (acima de 16 anos), de todas as 27 unidades da Federação. De acordo com a empresa, a amostra é estratificada de maneira que todos os grupos demográficos sejam encontrados na proporção da população, considerando gênero, idade, escolaridade, renda e localização geográfica.

As entrevistas são feitas por telefone, com ligações para fixos e celulares. O discador automático busca os números em bancos de dados públicos e faz ligações de maneira aleatória e anonimizada. Segundo o PoderData, é comum ser necessário fazer até mais de 100.000 ligações para que todos os grupos demográficos sejam encontrados na proporção da população

Margem de erro

Para a amostra de 3.000 eleitores, a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%.

Como é aplicado o questionário?

As pesquisas eleitorais em 2022 do PoderData são com a metodologia IVR, Interactive Voice Response, ou URA (Unidade de Resposta Audível), em português. As questões são reproduzidas em formato de áudio por um robô. Todas as pessoas entrevistadas ouvem as mesmas perguntas da mesma maneira e respondem por meio do teclado do telefone. Só são consideradas as entrevistas em que todas as perguntas são respondidas.

O que é perguntado no levantamento?

Segundo o PoderData, o questionário varia de acordo com as pesquisas, mas sempre incluem intenção de voto, avaliação e aprovação do governo federal.

Diferentemente dos outros institutos, o PoderData não faz a pergunta espontânea de intenção de voto para presidente, mas informa que sempre inicia os questionários com a pergunta sobre intenção de voto no primeiro turno (com lista de candidatos).

Quem é o responsável pelo instituto e quem é o contratante das pesquisas?

O PoderData financia suas próprias pesquisas eleitorais para presidente, as quais são divulgadas pelo site Poder360, do mesmo grupo. A empresa afirma ainda que pode fornecer serviços para outras empresas que tenham interesse em fazer pesquisas, mas não aceita encomenda partidos políticos nem de políticos. O estatístico responsável é Ulisses Ramos Montarroyos e o diretor do PoderData é Rodolfo Costa Pinto, que também é diretor de Comunicação da Associação Brasileira de Pesquisadores Eleitorais (Abrapel).

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]