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PSDB Simone Tebet
Tucano Tasso Jereissati é o mais cotado para ser vice de Simone Tebet (MDB)| Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

A Executiva Nacional do PSDB confirmou oficialmente, nesta quinta-feira (9), o apoio do partido à pré-candidatura presidencial da senadora Simone Tebet (MDB-MS). O aval foi dado com o voto de 39 dos 45 tucanos que se manifestaram na reunião.

"Todos esses votos 'sim' são o 'sim' pelo possível. A alma do PSDB era de uma candidatura própria. Mas nós entendemos que o PSDB existe não como fim em si próprio, mas fim em permitir o que é melhor para os brasileiros. Agora foi convocado a oferecer uma alternativa. E a alternativa caminha para uma unidade, e a unidade decidida com essa movimentação de hoje é fortalecer a aliança entre Cidadania, PSDB e MDB, com o nome de Simone Tebet", afirmou o presidente nacional do PSDB, o ex-deputado federal Bruno Araújo (PE).

Com o "sim" do PSDB, Tebet firma um acordo de alianças que contará também com o Cidadania, além de seu próprio partido. A emedebista ainda aspira a coligação com o União Brasil, que lançou o deputado federal Luciano Bivar (PE) como nome ao Palácio do Planalto, mas mantém diálogos para uma unificação da "terceira via".

O PSDB deve indicar o vice de Tebet na chapa presidencial. O senador Tasso Jereissati (CE) é o mais cotado para o posto, mas alguns segmentos do partido defendem a indicação do ex-governador Eduardo Leite (RS).

Se confirmada a parceria com o MDB tendo Tebet como cabeça de chapa, será a primeira vez, desde a redemocratização do país, que o PSDB não terá um um candidato à Presidência da República. Nas eleições anteriores o PSDB apresentou Mário Covas (1989), Fernando Henrique Cardoso (1994 e 1998), José Serra (2002 e 2010), Geraldo Alckmin (2006 e 2018) e Aécio Neves (2014).

O partido chegou a realizar, no ano passado, eleições prévias que deveriam definir seu candidato a presidente em 2022. O processo foi vencido pelo ex-governador paulista João Doria. Ele, porém, desistiu da pré-candidatura no último dia 23, pressionado pelo próprio partido por causa da estagnação nas pesquisas e pelo elevado índice de rejeição.

Aécio diz que quadro ainda pode ser modificado

O deputado federal Aécio Neves (MG), que foi voto vencido na reunião do PSDB, afirmou que a decisão desta quinta ainda não é a definitiva do partido. Segundo o parlamentar, o resultado final só será cravado após as convenções partidárias, que estão previstas para o segundo semestre.

Aécio disse ainda ser favorável a uma candidatura própria do PSDB e declarou que a aliança com Tebet tende a ser um acordo restrito à cúpula, sem replicações no que ele chamou de "política real". O deputado declarou que o quadro nos estados é de rivalidade entre PSDB e MDB em diferentes regiões do Brasil, o que inviabiliza uma aliança nacional. Para ele, o PSDB deveria ter convocado Leite após a desistência de Doria, "em respeito às próprias prévias".

A abordagem é a mesma do ex-governador Marconi Perillo (GO). "Acho que esse tema ainda vai ser debatido um pouco mais. Haverá uma frustração muito grande de alguns se o PSDB abrir mão desse direito", disse.

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