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Debate da Band em Belo Horizonte.
Debate da Band em Belo Horizonte| Foto: Reprodução / YouTube / Band

O debate entre os pré-candidatos à prefeitura de Belo Horizonte realizado na noite desta quinta-feira (8), pela TV Band Minas foi o primeiro confronto direto para as eleições municipais 2024, que ocorrem em outubro. Além de discussões sobre propostas e projetos de governo, em diversos momentos a administração do prefeito Fuad Noman (PSD), que busca a reeleição, foi alvo de ataques pelos adversários.

Os pré-candidatos Bruno Engler (PL), Carlos Viana (Podemos), Duda Salabert (PDT), Fuad Noman (PSD), Gabriel Azevedo (MDB), Mauro Tramonte (Republicanos) e Rogério Correia (PT) participaram do debate, que durou cerca de duas horas.

O ponto alto

O primeiro bloco do debate da Band Minas começou com o enfrentamento entre o senador Carlos Viana e o prefeito Fuad Noman, que se irritou com a resposta de Viana ao perguntá-lo sobre um projeto para disponibilizar internet para as vilas e favelas da capital mineira. Em sua resposta, o senador disse que primeiro teria a preocupação em colocar o orçamento da cidade em dia.

“Todo mundo vai fazer promessa, vai fazer compromisso, mas não há como realizarmos nada enquanto não resolvermos o principal problema do déficit de Belo Horizonte. O [ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre] Kalil (Republicanos), quando saiu da prefeitura, nos prometeu um economista top [o próprio Fuad Noman] e nos entregou um economista ‘do Paraguai’, que desorganizou todo o orçamento da cidade. Belo Horizonte está no vermelho pela primeira vez em 20 anos”, acusou.

Em sua réplica, Noman disse que o senador não respondeu o que foi questionado. “O senhor falou uma grande bobagem. Não devemos nada a ninguém. Já ganhei neste último ano mais de 20 prêmios de gestão [...] e o senhor veio falar essas bobagens de que a cidade está quebrada. Não tem nenhum problema na cidade de Belo Horizonte”, rebateu.

O bate-boca

Rogério Correia e Mauro Tramonte protagonizaram uma das polêmicas da noite. A entrada do ex-prefeito Alexandre Kalil no partido Republicanos e a aliança com o Novo, partido do governador Romeu Zema – com a indicação da ex-secretária de Gestão Luisa Barreto como vice na chapa do Tramonte – foi questionada por Correia. “Assim que essa aliança política polêmica foi anunciada foi um ‘bafafá’, uma verdadeira baixaria dentro do seu partido. Eu te pergunto, quem vai mandar na prefeitura?”, provocou.

Em resposta a Correia, Tramonte retrucou: “Sou eu quem vai mandar. Não existe esse papo de Kalil ter secretaria na minha gestão ou mandar na prefeitura”. O pré-candidato do Republicanos também defendeu a aliança entre seu partido e o Novo. “Tanto o ex-prefeito Kalil quanto o governador Zema têm muito a contribuir para a minha campanha. A minha vice, Luisa Barreto, todos nós sabemos da sua competência na área de gestão”, ressaltou.

A gafe

O prefeito Fuad Noman, ao responder uma pergunta feita pela candidata Duda Salabert, cometeu uma gafe ao começar a resposta com “o senhor”, o que foi prontamente repreendido pela pré-candidata do PDT. “É senhora, por favor”, disse Salabert. Em seguida, Fuad se desculpou pela troca dos pronomes da pedetista, que é uma mulher trans.

Do que eles falaram?

Mobilidade urbana, saúde e segurança pública na capital mineira foram os principais temas apresentados no debate. O deputado estadual Mauro Tramonte e a deputada federal Duda Salabert teceram duras críticas ao trânsito de Belo Horizonte. Problemas de tráfego e supostas irregularidades no contrato do transporte público foram elencados pelos dois pré-candidatos.

Salabert falou sobre a polêmica dos contratos com as empresas concessionárias de ônibus na capital, que, recentemente, foram alvos de uma CPI na Câmara de Vereadores. “A atual administração tem cortado investimento em mobilidade. Quem for eleito nesta eleição vai construir um novo contrato com as empresas e não podemos repetir os erros pretéritos de beneficiar somente os empresários. Tem que ter coragem de enfrentar a máfia do transporte público”, declarou.

Bruno Engler pontuou sobre a questão de segurança pública. Para ele, Belo Horizonte poderia ter 4 mil guardas municipais, o dobro do efetivo atual, de pouco mais de 2 mil agentes. O pré-candidato prometeu criar uma rota ostensiva na capital mineira.

O atual presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Gabriel Azevedo, notório crítico à administração de Noman, trouxe temas como empregabilidade e a questão da mobilidade no trânsito como os pontos que merecem atenção.

Tabelinha

O atual prefeito foi o alvo principal de todos os pré-candidatos durante os cinco blocos do debate. Engler e Tramonte fizeram a primeira “tabelinha” para criticar a atual administração em relação à saúde. Os dois concordaram que o atendimento nos centros de saúde da capital mineira precisa de melhorias. “No nosso plano de governo, o que pretendemos é não deixar faltar médico. Não pode faltar médico de jeito nenhum”, prometeu Tramonte.

Como funcionou o debate

O debate na capital mineira foi mediado pela jornalista e apresentadora nacional da Band Adriana Araújo, e teve cinco blocos. No primeiro, segundo e quarto blocos, os pré-candidatos fizeram perguntas entre si. Apenas o primeiro em cada bloco foi sorteado, e a dinâmica seguiu com o pré-candidato que respondeu à pergunta sendo o próximo a questionar. No terceiro bloco, os pré-candidatos responderam a perguntas de jornalistas do Grupo Bandeirantes. O quinto e último bloco foi dedicado às considerações finais.

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