A Justiça Eleitoral determinou neste sábado (5) a derrubada da terceira conta do candidato à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB). A conta havia sido criada nesta mesma tarde e em cerca de três horas havia chegado a 1,1 milhão de seguidores – conforme averiguado pela Gazeta do Povo por volta das 20h.
Marçal criou o novo perfil depois de ter o anterior suspenso por decisão da Justiça ao ser usado para divulgar na sexta-feira (4) um suposto laudo que evidenciaria o uso de drogas por Guilherme Boulos, candidato do Psol à prefeitura de São Paulo nas eleições municipais deste ano. O psolista alega que o laudo médico apresentado é falso.
Uma perícia do Instituto de Criminalística de São Paulo comprovou a falsidade do documento, afirmando que a simples inspeção visual permite ver que a assinatura utilizada é forjada.
"É falsa a imagem da assinatura em nome do médico 'JOSÉ ROBERTO DE SOUZA"', lançada no receituário objeto de exame, descrito no capítulo "Peça de Exame", posto que tal assinatura não apresenta as mesmas características gráficas dos exemplares observados nos documentos descritos no capítulo "Padrões de Confronto", diz o documento.
O laudo ainda apresenta outros erros, como dois dígitos identificadores no número de RG de Boulos e o nome da clínica em que seria atendido. A Polícia Civil de São Paulo e a Polícia Federal abriram inquéritos para investigar o caso.
Em sua decisão mais recente, o juiz eleitoral Rodrigo Capez afirmou que Marçal buscou burlar sua decisão anterior, o que qualificou como um "manifesto ato atentatório à dignidade da Justiça Eleitoral".
A nova conta deverá ficar inacessível por cerca de 48 horas. Caso haja novas tentativas por parte de Marçal e sua equipe para driblar o novo bloqueio, a suspensão se estenderá por 15 dias, prorrogáveis a cada nova violação. Às 20h40, a conta já não estava mais disponível.
A assessoria do candidato afirmou, em nota à imprensa, que em "uma ação desproporcional e claramente política, o Instagram de Pablo Marçal foi novamente derrubado a poucas horas da eleição. Essa medida visa silenciar o candidato e impedir que suas propostas cheguem aos eleitores".
"Mais uma vez, tentam nos calar, mas não conseguirão calar a voz do povo. Amanhã, dia da vingança, o povo vai votar 28 e a vitória será no primeiro turno", afirma Pablo Marçal.
Em sua primeira decisão para suspender o perfil de Marçal, o juiz Rodrigo Capez afirmou que o perfil do candidato estava sendo utilizado para “divulgação de fatos infamantes e inverídicos".
E acrescentou, "com o nítido propósito de interferir no ânimo do eleitor e no pleito eleitoral". Ainda de acordo com o juiz, há indícios de vários crimes previstos no Código Eleitoral.
O governador paulista afirmou que “se o Brasil fosse um país sério, Marçal seria preso”. Já Malafaia afirmou que Marçal é um “mentiroso contumaz”, além de chamá-lo de psicopata.
Também neste sábado, Marçal ainda foi intimado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes por uso indevido do X, que se encontra suspenso por decisão do magistrado.
A decisão, que foi compartilhada com a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, traz em seu texto que "há indícios de abuso de poder econômico e de uso indevido dos meios de comunicação".
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