O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estão sendo padrinhos políticos relativamente tímidos durante esses últimos dias da campanha a prefeito de São Paulo. Contrariando expectativas para essa reta final de uma das eleições municipais mais disputadas na maior capital brasileira, Lula cancelou agendas com o seu apadrinhado, o candidato do Psol, Guilherme Boulos. Já Bolsonaro, que inicialmente gravaria vídeos de campanha com o prefeito Ricardo Nunes (MDB), também desistiu da ideia.
Nesta quarta-feira (2), Lula cancelou uma transmissão ao vivo pela internet que havia marcado com Boulos. O cancelamento da live ocorreu após o problema com o voo do presidente na volta da viagem para o México. Apesar da frustação pelo cancelamento a quatro dias do primeiro turno das eleições, Lula é aguardado pela campanha de Boulos para um comício no sábado (5), marcado para as 9h na avenida Paulista. Junto com Lula, Boulos e a vice na chapa, Marta Suplicy (PT), alguns ministros são aguardados, como Fernando Haddad, Marina Silva e Alexandre Padilha.
No último sábado (28), o presidente da República já havia desmarcado uma visita a São Paulo. A previsão era fazer duas carreatas Boulos no caminhão: uma na zona sul, no Grajaú, e outra na zona leste, em São Mateus. O motivo do cancelamento da agenda também foi a viagem ao México para a posse da nova presidente, Claudia Sheinbaum. Lula fez apenas uma viagem para São Paulo no dia 24 de agosto, quando participou de dois comícios, um na zona sul e outro na zona leste. O comício foi alvo de críticas após a intérprete cantar o Hino Nacional com linguagem neutra.
Segundo apuração da Gazeta do Povo, apesar do discurso para a militância ser de que a vaga para o segundo turno é considerada garantida, a campanha de Boulos mantém cautela e insatisfação pela pouca participação de Lula em São Paulo.
Lula e Bolsonaro escolheram vices em São Paulo
Apesar de ter escolhido o vice para a chapa de Nunes, o coronel Mello Araújo (PL), Bolsonaro chegou a declarar, durante a campanha, que o candidato à reeleição não é o candidato dos sonhos, apesar de ter reiterado o apoio a ele. A campanha de Nunes contava com Bolsonaro para gravação do material de campanha, o que não se concretizou.
No lugar dos vídeos bem produzidos para serem exibidos no horário eleitoral na televisão, Bolsonaro preferiu gravar seus tradicionais vídeos informais nas redes sociais em apoio a Nunes. Os dois estiveram juntos na manifestação do dia 7 de Setembro na avenida Paulista. O prefeito teve uma participação discreta no ato que pedia o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
Segundo apuração da Gazeta do Povo, Bolsonaro tem sido pressionado pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para “abraçar com mais força” a campanha de Nunes. Tarcísio segue firme como principal cabo eleitoral de Nunes, fazendo campanha de rua e também vídeos para o programa na TV.
Bolsonaro não deve ter agenda na capital paulista antes do fim do primeiro turno. Um dos aliados próximos ao ex-presidente afirmou à Gazeta do Povo que ele pretende focar nos próximos dias na campanha do filho Carlos Bolsonaro (PL), que tenta a reeleição à Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro.
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