Os planos de governo apresentados pelos candidatos de São Paulo ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) incluem propostas como drones falantes, teleférico, quadras como solução para o combate as drogas e “bolsa pontos” para população trocar por ingresso em shows e espetáculos.
- Pablo Marçal (PRTB)
No plano de governo de 100 páginas do candidato a prefeito Pablo Marçal (PRTB) está a criação de um teleférico integrado ao transporte público, com o objetivo de "fortalecer a comunidade". Marçal cita como exemplo os teleféricos de Medellín e La Paz, na Bolívia. No entanto, o plano de governo não esclarece quais pontos da cidade seriam conectados nem os custos envolvidos no projeto.
Para a área da segurança pública, Marçal propõe o uso de drones equipados com alto-falantes e visão infravermelha. Segundo o empresário, que diz utilizar esse tipo de tecnologia nas empresas que possui, o drone contribuiria no monitoramento da criminalidade na cidade e poderia abordar suspeitos, além de transmitir mensagens a 60 metros de altura. O drone seria importado de Israel, mas Marçal não especifica a origem dos recursos para a compra.
Drone proposto por Marçal poderia abordar suspeitos, diz plano de governo do candidato.
Outro projeto prometido por Marçal é a construção de um prédio com um quilômetro de altura. O empresário afirma que faltam “símbolos” na cidade e a ideia se tornaria um ponto turístico, de forma a alavancar a economia da capital paulista. Marçal promete que o projeto sai do papel mesmo que não seja eleito prefeito da cidade.
- José Luiz Datena (PSDB)
Durante o programa Roda Viva, da TV Cultura, o candidato José Luiz Datena (PSDB) defendeu a remoção do Minhocão, via expressa elevada que liga o centro à zona oeste de São Paulo, criticada por seu impacto visual. Questionado sobre como realocaria o tráfego, Datena sugeriu a construção de um túnel, sem considerar que a área é ocupada pelo metrô.
No plano de governo de Datena, que possui 42 páginas, o candidato promete reforçar todos os programas existentes na prefeitura, porém o apresentador não detalha novas medidas. A palavra “criar” aprece apenas três vezes no texto. "Despejar números e dados sobre os eleitores é a forma mais eficaz de tentar ludibriar a população", afirma o candidato no plano de governo.
- Tabata Amaral (PSB)
A candidata do PSB à prefeitura de São Paulo, Tabata Amaral, apresentou em seu plano de governo, de 39 páginas, um "programa de pontos" para incentivar a população a frequentar locais culturais, academias ao ar livre, atividades esportivas, consultas médicas, cursos de capacitação e até fomentar a reciclagem.
Os participantes do programa acumulariam pontos que poderiam ser trocados por descontos na compra de livros e ingressos para museus, exposições, peças teatrais e até jogos de futebol. Batizado de "Passaporte da Cidadania", o projeto é uma das principais apostas da candidata.
- Ricardo Nunes (MDB)
O prefeito e candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB) foi cauteloso no plano de governo, repetindo o mantra: "fizemos muito e vamos fazer muito mais". Como outros candidatos, Nunes não detalha como realizará promessas nem a origem dos recursos.
Sobre a cracolândia, onde o prefeito enfrenta cobranças desde o início da gestão, Nunes propõe um plano genérico de "desenvolvimento de uma vacina para combater o vício". Mais adiante, o plano sugere "investir em atividades esportivas" como a melhor forma de combater as drogas.
O prefeito de São Paulo e candidato à reeleição também sugere à construção de uma arena multiuso, com capacidade para 20 mil pessoas, “para sediar grandes eventos”. Mais uma vez o texto carece de detalhes e não diz onde ou muito menos quem pagará pela nova arena. Enquanto isso, a Arena Anhembi tem previsão de entrega pela iniciativa privada em 2025. O local foi concedido em 2021. O estádio que também será uma arena multiuso, Paulo Machado de Carvalho, o Pacaembu, está previso para ser entregue neste ano.
- Guilherme Boulos (Psol)
O candidato do Psol à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, elaborou um plano de governo com 40 páginas no qual propõe o programa "Primeiro Escritório", que subsidia aluguéis de escritórios para recém-formados na região central de São Paulo. Nas redes sociais, o programa foi apelidado de "Meu escritório, minha vida", em referência ao programa habitacional do governo federal.
O deputado federal também prometeu dobrar a cobertura vegetal de São Paulo, o querepresenta plantar mais de 5 milhões de árvores. A capital paulista possui mais de 6 milhões de árvores. Boulos pretende chegar ao final da gestão, se eleito, com uma árvore para cada paulistano. O candidato, no entanto, não detalhou como planeja executar o projeto.
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