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Lula pede voto em candidato da esquerda da Colômbia. Eleições no país vizinho são neste domingo (29)| Foto: Ricardo Stuckert/PT

O pré-candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em evento com movimentos populares em São Paulo nesta sexta-feira (27), pediu que os colombianos votem no candidato a presidente Gustavo Petro, senador e ex-integrante da guerrilha M-19 que está em primeiro lugar nas pesquisas para o pleito na Colômbia, cujo primeiro turno será neste domingo (29).

Lula disse que "não gosta de dar palpite em política de outro país", mas puxou um coro, pedindo que o público presente repetisse suas palavras: "Nós, trabalhadores e trabalhadoras brasileiros, estudantes, representantes de todos os movimentos sociais do Brasil... queremos pedir ao povo trabalhador da Colômbia, aos estudantes da Colômbia, aos movimentos sociais da Colômbia, a todos aqueles que defendem a democracia que no dia da eleição colombiana, no próximo domingo, o povo pudesse votar no companheiro Gustavo Petro para presidente da Colômbia".

Segundo o petista, a eleição de Petro, que tem uma agenda de esquerda, e a dele próprio no Brasil vai possibilitar "a união dos países da América do Sul", para "construir uma América do Sul forte, com integração política, integração econômica e integração cultural, para que tenhamos um bloco muito forte para negociar com outros blocos do mundo inteiro". "Gustavo Petro é a certeza de que a Colômbia será democrática depois das eleições", completou Lula.

Em outro momento, o petista provocou o presidente Jair Bolsonaro em razão da pesquisa do Datafolha*, publicada nesta quinta-feira (26), que o colocou com 21 pontos percentuais à frente do presidente. "Eu imagino que o Bolsonaro não dormiu ontem à noite", disse. Durante o evento ele também afirmou que, se eleito, seu governo vai "demarcar as terras [indígenas] que têm que ser demarcadas e acabar com o garimpo ilegal em terras indígenas".

*O Datafolha entrevistou 2.556 eleitores entre os dias 25 e 26 de maio em 181 cidades. O levantamento foi contratado pelo jornal Folha de S. Paulo e está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o protocolo BR-05166/2022. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.