O ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, durante audiência na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (6).
O ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, durante audiência na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (6).| Foto: Billy Boss/Câmara dos Deputados.

O ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, afirmou nesta quarta-feira (6) que as Forças Armadas não estão preocupadas com uma possível ação violenta durante as eleições, como ocorreu nos Estados Unidos durante a invasão do Capitólio. No início de 2020, o Congresso americano foi invadido por apoiadores do ex-presidente Donald Trump que contestavam o resultado da eleição e tentavam impedir a diplomação do presidente Joe Biden.

Nogueira participou de uma audiência na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados. A deputada Perpétua Almeida (PC do B-RJ) questionou o ministro se as equipes de inteligência das Forças Armadas monitoram "grupos armados ou pessoas mal intencionadas [que possam tentar] interferir e tirar a paz no processo eleitoral", informou a Folha de S. Paulo.

A parlamentar perguntou o que as Forças Armadas estão fazendo para evitar uma reedição no Brasil do que ocorreu no Capitólio. "A preocupação que a senhora expõe no comentário em relação ao emprego da inteligência internamente e, não sei se foi essa a intenção, no que diz respeito ao processo eleitoral, eu nego e não existe esse tipo de preocupação [de uma invasão como a do Capitólio no Brasil]", afirmou Nogueira.

Nesta quarta, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, afirmou, em Washington, nos Estados Unidos, que “poderemos [no Brasil] ter um episódio mais agravado do que o 6 de janeiro daqui, do Capitólio”. Fachin reforçou que a Corte eleitoral trabalha com seis “condições” para evitar a repetição de uma ação como a do Capitólio.

Nogueira também disse não colocar em dúvida a credibilidade do sistema eleitoral brasileiro, mas voltou a defender a necessidade do que chamou de “aprimoramentos” no uso das urnas eletrônicas. Ele afirmou que nenhum sistema informatizado é inviolável.

“Convidados pelo TSE, montamos uma equipe técnica, com gente capacitada, engenheiros que conhecem de programação, para que pudéssemos ajudar tentando aperfeiçoar o processo [eleitoral]”, disse. “Não se trata de qualquer dúvida com relação ao sistema eleitoral. As Forças Armadas estavam quietinhas no seu canto quando foram convidadas pelo TSE”, completou. Com informações da Agência Brasil.