O ministro da Justiça e ex-juiz Sergio Moro. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Sergio Moro, ex-juiz da Lava Jato.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasi

O ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) criticou nesta terça-feira (17) a determinação do Ministério Público Eleitoral (MPE) de São Paulo para que a Polícia Federal abra um inquérito para investigar a mudança de seu domicílio eleitoral do Paraná para São Paulo. Moro sugeriu que o inquérito é uma tentativa de intimidação.

"Não sei se você já percebeu, mas a todo momento surge um fato novo para tentar intimidar uma possível candidatura minha. A bola da vez é meu domicílio eleitoral e da minha esposa. É sério que essa é a discussão? Enquanto tem condenado em três instâncias por corrupção solto por aí e posando de candidato a salvador da pátria?", disse o ex-juiz da Lava Jato em vídeo publicado em suas redes sociais.

O MPE-SP considerou que as explicações apresentadas por Moro e sua mulher, a advogada Rosângela Moro, "não convencem, impondo-se a necessidade de aprofundamento das investigações para melhor compreensão dos fatos". O casal deve prestar depoimento à Polícia Federal.

Segundo a denúncia protocolada na Procuradoria Eleitoral de São Paulo, Moro e Rosângela trocaram o domicílio eleitoral sem ter "qualquer vínculo" com São Paulo. O caso foi encaminhado ao MPE do estado, que solicitou nesta segunda-feira (16) a abertura do inquérito para apurar se houve fraude na movimentação de Moro e Rosângela.

No vídeo divulgado nesta terça, Moro justifica a relação com São Paulo argumentando que, quando era ministro da Justiça, transferiu os "criminosos mais perigosos" do estado de presídios estaduais para federais, na intenção de coibir crimes.

O advogado Gustavo Guedes, que representa o casal, afirmou em nota que os dois “cumpriram rigorosamente todas exigências da legislação eleitoral ao solicitarem a mudança de domicílio eleitoral”. "Moro e sua esposa estão à disposição da Polícia Federal para prestar todos os esclarecimentos necessários, confiantes de que a lei vale para todos e deverá prevalecer", completou a defesa.