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Nem as quartas-de-final escaparam de um jogo feio e chato. Ele ainda não aconteceu, mas, ao que tudo indica, é o que está reservado para a partida de sexta-feira, entre Itália e Ucrânia, às 16 horas. O que deveria ser a sobremesa após se saborear uma partida entre Alemanha e Argentina, às 12 horas do mesmo dia, é bem provável que vire a sesta.

As duas seleções não encantaram. E se tiveram algum bom momento na Copa, já faz algum tempo que isso não se repete.

A Itália teve seu lampejo logo na estréia, quando venceu Gana por 2 a 0, mas depois, sem motivos aparentes, resolveu voltar à velha e conhecida estratégia do pega-ratão. Fechou-se na retranca para jogar feio nos contra-ataques – empatou com os EUA (1 a 1) e venceu a República Tcheca (2 a 0). Um desempenho regressivo que teve seu ápice ontem, contra a Austrália. Com um homem a menos, só conseguiu a classificação após um pênalti duvidoso marcado já nos acréscimos.

A Ucrânia é outra seleção que tem de considerar a sorte sua maior aliada quando parar e refletir sobre até onde chegou nesta Copa. Primeiro, pois caiu em um grupo fácil. Mesmo assim, levou 4 a 0 na estréia,da Espanha. A recuperação veio contra duas seleções fracas: a "inspirada" vitória contra a Arábia Saudita, outro 4 a 0, e depois no sofrido triunfo contra a Tunísia, quando só mesmo um pênalti resolveu a falta de criatividade. Ontem, novamente os ucranianos foram salvos pela marca da cal – e, claro, a péssima pontaria do suíços. Depois de um 0 a 0 até na prorrogação, venceram por 3 a 0. E ainda erraram a primeira cobrança, com Shevchenko.

Aí está outro fator que vai contra o espetáculo. Cada equipe depende basicamente de um jogador, e eles ainda não mostraram ao que vieram nesse mundial.

Na Ucrânia, o próprio Shevchenko, que parece não estar totalmente recuperado de uma lesão que o tirou do primeiro jogo da Copa. Na equipe italiana, Totti, que ontem chegou a ficar no banco por não estar em suas melhores condições físicas – o técnico Lippi, antes mesmo da partida contra a Austrália começar, parecia imaginar uma prorrogação.

Na linguagem do futebol: até aqui, Itália e Ucrânia fizeram de tudo para sair antes do torneio; agora, uma delas vai conseguir.

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