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Destroços do avião que levava a Chapecoense. | Divulgação/Defesa Civil
Destroços do avião que levava a Chapecoense.| Foto: Divulgação/Defesa Civil

O avião que levava os jogadores da Chapecoense a Medellín, na Colômbia, onde a equipe disputaria a final da Copa Sul-Americana, nesta quarta-feira (30), contra o Atlético Nacional, caiu próximo ao aeroporto internacional da cidade. Uma falha elétrica foi apontada como causa da tragédia com a aeronave, que partiu da Bolívia levando 77 pessoas, entre passageiros e tripulação. De acordo com Carlos Iván Márquez, diretor geral da unidade de resgate colombiana, as buscas foram encerradas. Ao todo foram 71 mortes e seis sobreviventes.

O goleiros Jackson Follmann, o zagueiro Neto e o lateral Alan Ruschel foram os sobreviventes da delegação da Chapecoense. Os outros três sobreviventes são o jornalista Rafael Henzel, narrador da rádio Oeste Capital, de Chapecó, e os tripulantes Ximena Suárez e Erwin Tumiri. Já o goleiro paranaense Danilo chegou a ser resgatado com vida, mas morreu no hospital.

A lista inicial de passageiros e tripulantes era de 81, mas quatro nomes que estavam na lista não embarcaram, o que causou desinformação no número de mortos por parte das autoridades colombianas. Não embarcaram no avião: Luciano Buligon, prefeito de Chapecó; Plínio David de Nes Filho, presidente do Conselho Deliberativo da Chapecoense; Gelson Merisio (PSD), presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina; e Ivan Carlos Agnoletto, jornalista da rádio Super Condá, de Chapecó.

Destroços do avião que levava a delegação da ChapecoenseRAUL ARBOLEDA/AFP

Veja a lista de passageiros do voo, divulgada pela Aeronáutica Civil da Colômbia

INFOGRÁFICO: Veja o local da queda do avião da Chapecoense

O avião da LaMia, matrícula CP2933, decolou de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, com pelo menos 77 pessoas a bordo. Duas caixas pretas do avião foram encontradas (veja aqui).

A Conmebol suspendeu a final do torneio. “Todas as atividades da Confederação estão suspensas até novo aviso”, afirma um comunicado. Uma fonte da Conmebol lamentou o acidente e explicou à AFP que isto significa a suspensão da “partida de ida da final da Sul-Americana entre Atlético Nacional da Colômbia e Chapecoense e o congresso da entidade que aconteceria na quarta-feira em Montevidéu”.

O segundo jogo, dia 7 de dezembro, aconteceria no Estádio Couto Pereira, em Curitiba, cidade do técnico Caio Júnior, da Chape.

A Chapecoense se pronunciou por meio de sua página no Facebook. A direção da equipe disse esperar informações oficiais das autoridades colombianas antes de fazer qualquer pronunciamento.

O Coritiba já se manifestou em suas redes sociais. Vários ex-jogadores do clube atuam na Chape. O Couto Pereira, estádio do Coxa, seria a casa da Chape na partida brasileira da final contra o Atlético Nacional.

O Paraná, antigo time do treinador Caio Junior, também usou o Twitter para expressar solidariedade à Chapecoense.

O Atlético Paranaense, que também tinha ex-jogadores atuando na Chape, já se manifestou.

O acidente

O avião que levava o time da Chapecoense a Medellín caiu na noite de segunda-feira, no noroeste da Colômbia. “Confirmado, a aeronave com matrícula CP2933 transportava a equipe @ChapecoenseReal”, explicou o aeroporto José María Córdova de Rionegro, que serve a cidade de Medellín, no Twitter.

O primeiro atendimento foi feito pela polícia nacional. Segundo o próprio aeroporto, o acidente ocorreu devido a uma “falha elétrica”. “A informação que temos é de que a aeronave foi reportada como desaparecida às 21h30 (23h30 de Brasília) e o acidente foi registrado a cerca de 22h34 (23h34)”, informou à AFP um porta-voz da Aeronáutica Civil. Já o presidente da Associação de Aviadores Civis da Colômbia, Jaime Alberto Sierra, levanta a hipótese de que a queda tenha sido causada pela falta de combustível da aeronave.

O avião da empresa Lamia saiu do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, fez uma escala em Santa Cruz de la Sierra, na Bolíviar e o acidente ocorreu na localidade Cerro Gordo, município de La Unión, na região de Antióquia, explicou a Direção dos Bombeiros da Colômbia em uma mensagem postada nas redes sociais. O acesso ao local, a 50 quilômetros de Medellín, só pode ser feito por terra devido “às condições climáticas”, acrescentou o aeroporto.

Caixa preta

O chefe da comunicação da Aeronáutica Civil Colombiana, Uriel Bedoya, visitou o local do acidente e confirmou que duas caixas pretas do avião já foram encontradas e serão levadas para a perícia.

As autoridades britânicas também anunciaram nesta terça-feira (29) o envio à Colômbia de três investigadores à cena do acidente de avião da companhia boliviana Lamia, fabricado pela British Aerospace, que levava a delegação da Chapecoense.

Os investigadores, enviados a pedido das autoridades colombianas, são esperados nesta quarta-feira em Medellin e “serão acompanhados por representantes do fabricante britânico”, o grupo BAE Systems (ex-British Aerospace), explicou a AAIB (Air Accident Investigation Branch), que depende do governo britânico.

A Chape

Clube fundado em 1973, a Chape fez história ao se classificar para a decisão da Sul-Americana logo na sua segunda participação a uma competição internacional.

O ‘Verdão do Oeste’, que disputa a Série A do Brasileirão desde 2013, eliminou gigantes do futebol argentino, como o Independiente, recordista de títulos na Libertadores (7), nas oitavas de final, e o San Lorenzo, campeão continental em 2014, nas semifinais.

Tragédias aéreas já marcaram a história do futebol, com acidentes como o de Superga, que dizimou a equipe do Torino, em 1949, e a quedado avião do Manchester United perto de Munique, em 1958.

Confira a lista de passageiros do voo

Infográfico: Veja o local da queda do avião da Chapecoense

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