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O Centro de Treinamento do Criciúma (foto de baixo) está sendo construído nos moldes do CT do Caju (foto de cima), do Atlético | Daniel Castellano / Gazeta do Povo e Lucas Lima / A Tribuna
O Centro de Treinamento do Criciúma (foto de baixo) está sendo construído nos moldes do CT do Caju (foto de cima), do Atlético| Foto: Daniel Castellano / Gazeta do Povo e Lucas Lima / A Tribuna

Fique de olho

Motivos para você ficar com algum receio em Criciúma; argumentos para você festejar o acesso neste sábado.

Cuidado...

1 Zé do Gol

Com 27 gols em 28 jogos, Zé Carlos, o matador do Criciúma, é o maior goleador de uma única edição da Série B.

2 Barra tricolor

No melhor estilo argentino, a torcida do Tigre canta o jogo inteiro. Nos últimos cinco jogos como mandante, o clube levou mais de 10 mil torcedores ao Heriberto Hulse.

3 Giovanni Augusto

O talentoso meia revelado pelo Atlético-MG é o grande articulador de jogadas do Tigre. Dos seus pés saem as bolas mais perigosas para a finalização de Zé Carlos.

... Comemore

3 Mandante cortês

O Criciúma, que chegou a vencer as 11 primeiras partidas como mandante nesta Série B, ficou no passado. O Tigre perdeu os três últimos jogos que disputou no Heriberto Hulse, provando a indignação de parte da torcida.

2 Freguesia

O retrospecto neste ano é amplamente favorável ao Atlético. Em dois duelos de Copa do Brasil e um na Série B, três vitórias do Furacão: 2 a 1 em Santa Catarina, 5 a 1 na Vila Capanema e 1 a 0 em Paranaguá.

1 Lucca

Avaliada em R$ 10 milhões, a grande revelação da Série B sofreu uma grave lesão de joelho, no mês passado. Sem o seu craque, o Criciúma somou 7 de 18 pontos possíveis.

57%

É o aproveitamento do Atlético como visitante nesta Série B, retrospecto que joga a favor do time para o duelo de sábado contra o Criciúma, às 16h20, em Santa Catarina. Foram 10 vitórias, um empate e sete derrotas – o time conquistou 31 pontos longe do estado. Apenas o São Caetano, que arrematou 35 pontos (ou 64%) e briga com o Rubro-Negro por um lugar na Primeira Divisão de 2013, tem desempenho melhor do que o Atlético como forasteiro.

Uma espécie de "eu sou você amanhã" une Criciúma e Atlético, que se enfrentam no próximo sábado, às 16h20, no Heriberto Hulse, com possibilidade de garantir acesso antecipado à Série A. A ligação foi estabelecida em janeiro, quando Domingos Salvador Cesca, superintendente do Tigre, desembarcou no CT do Caju para conhecer a estrutura rubro-negra. Buscava ideias naquele que ele considerava o melhor modelo para o cargo que ocupava havia apenas dois meses.

"O que mais me impressionou foi que do porteiro até o presidente do clube, todos têm a mentalidade de estar trabalhando para ser campeão do mundo. Tentei implantar algo semelhante no Criciúma, a mentalidade de que estamos trabalhando para levar o Criciúma à Série A", conta Cesca, 33 anos, cunhado de Antenor Angeloni, grande responsável pela virada no clube catarinense.

Empresário do ramo de supermercados, Angeloni assumiu a presidência em abril de 2010, em uma operação referendada pelo Conselho Deliberativo tricolor. Até 2020, o Criciúma será gerenciado pelo Grupo de Ativos (GA) que tem Angeloni como presidente. O GA se compromete a zerar a dívida do clube, reformar o estádio e entregar um centro de treinamento novo, de alto padrão, com ênfase nas categorias de base. Em troca, toda a receita com negociação de jogador vai para o dirigente.

Nestes dois anos e meio, a dívida do clube saltou de R$ 7,5 milhões para R$ 15 milhões. Os resultados em campo, no entanto, caminham para o azul. No primeiro ano, subiu da Série C para a B. No segundo, foi vice-campeão catarinense. No atual, depende apenas de si para voltar à divisão principal do futebol nacional. Um desempenho ainda mais comemorado pela diferença financeira para os outros concorrentes.

A folha salarial catarinense beira os R$ 600 mil, contra R$ 1,5 milhão do Atlético e R$ 2 milhões do Vitória, equipes mais próximas na tabela. A diferença nas cotas de tevê é ainda maior: R$ 2 milhões para o Tigre, contra R$ 29 milhões para paranaenses, baianos e o líder Goiás.

"É desumana a diferença de cota em relação a alguns clubes, o que só aumenta o mérito da nossa equipe. Subindo, passamos de R$ 2 milhões para algo em torno de R$ 15 milhões a 20 milhões. Mesmo que na Série A a disparidade aumente, já se consegue fazer futebol", compara Cesca.

Parte da diferença financeira é tirada com a aposta na base. Dos 29 jogadores do elenco atual, oito foram formados no próprio clube. Um deles é Lucca, meia-atacante de 22 anos, craque do time que se machucou em meados de outubro e volta aos gramados somente em 2013. Atualmente avaliado em R$ 10 milhões, atraiu a cobiça de clubes como São Paulo e Vasco. Sua saída é vista como parte do projeto. "Nosso objetivo é produzir futebol aqui dentro. Cada ciclo se fecha com a saída e o surgimento de uma, duas, três peças formadas no clube", diz Cesca.

Palavra da moda no futebol brasileiro, a primeira etapa do projeto do Tigre termina em 2015, com a consolidação na Série A e a conquista do bicampeonato da Copa do Brasil. Se no modelo paranaense o mundo é o limite, ao Criciúma basta bordar na camisa a segunda estrela da competição que, em 1991, pôs o clube no mapa do futebol nacional.

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