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Alberto (de preto), Zé Antônio (de boné) e Rafael Moura (entre os repórteres) pararam seus carros ao lado da sala de imprensa e foram se defender do afastamento | Jonathan Campos/ Gazeta do Povo
Alberto (de preto), Zé Antônio (de boné) e Rafael Moura (entre os repórteres) pararam seus carros ao lado da sala de imprensa e foram se defender do afastamento| Foto: Jonathan Campos/ Gazeta do Povo

Atleticanas

Técnico

Os dois nomes mais fortes para substituir Waldemar Lemos no Atlético perderam força ontem. Cuca tem duas propostas do exterior. Descartou o Rubro-Negro e irá escolher entre uma delas. Vágner Mancini não voltou a ser procurado. Assim, Sérgio Guedes, praticamente descartado na quinta-feira, volta a ser o nome mais forte. Seu procurador, Eli Coimbra Filho, tem bom trânsito na Baixada.

Empecilhos

Cuca chegou a se reunir duas vezes com a diretoria rubro-negra ontem, mas o acerto esbarrou na questão financeira. No caso de Mancini, pesou o desejo do treinador de trazer sua comissão técnica inteira, que custa cerca de R$ 300 mil por mês.

Problemas

Riva Carli não poderá contar com o atacante Alex Mineiro (contratura na coxa esquerda) e com o volante Chico (mesmo problema na coxa esquerda) para o jogo com o Fluminense, no Café. Wallyson viajou como dúvida após receber uma pancada no tornozelo esquerdo no treino de ontem.

Time

O último treino antes da partida ocorre hoje em Londrina, mas o Rubro-Negro deve jogar com Galatto; Nei (improvisado como zagueiro), Rhodolfo e Bruno Costa; Raul, Valencia, Paulo Baier, Wesley e Márcio Azevedo; Marcinho e Wallyson (ou Patrick).

Fatalidade

O volante Claiton rompeu o tendão de aquiles do pé direito em uma dividida com o meia Pimba, no treino de quinta-feira, e está praticamente fora do Brasileiro. O médico Edílson Thiele apresentou os dois exames realizados pelo atleta (foto) mostrando que ele assinou contrato com o tendão de Aquiles intacto na semana passada.

O afastamento de cinco jogadores do elenco do Atlético tem muito mais do que apenas os motivos físicos alegados inicialmente pelo presidente Marcos Malucelli. Alberto, Antônio Carlos, Zé An­­tônio, Netinho e Rafael Moura estão fora dos planos por questões de relacionamento com o restante do grupo.

Independentemente da co­­missão técnica que assuma o co­­mando rubro-negro na sequência, os afastados não voltarão a ficar à disposição. O comunicado oficial aos atletas foi feito ontem pela manhã. Logo em seguida, o treinador interino Riva Carli reuniu o restante do plantel visando à partida com o Fluminense – amanhã, às 16 ho­­ras, em Lon­­drina, devido à perda de mando.

"Podemos até ter cometido alguma injustiça, mas era algo necessário nesse momento", disse o diretor de futebol Ocimar Bo­­licenho. "É só ver na primeira reunião do grupo com o Riva. Todo mundo participou, falou, opinou. Teve gente que tirou uma pedra dos ombros", justificou o dirigente.

Logo após serem avisados de forma definitiva – a notícia ti­­nha vazado em entrevistas de Ma­­lucelli às Rádios Transa­mé­rica e Globo, na quinta-feira – , Alberto, Rafael Moura e Zé Antônio foram à sala de imprensa do CT do Caju para se manifestar.

Alberto se disse "machucado e ferido" pela história que tem no clube. O He-Man falou de seu retrospecto de 29 gols em 50 jogos com a camisa atleticana. Já Zé Antônio garantiu que os cinco renegados não formam uma panela.

"Não é porque você tem mais afinidade com um e não com outro que você forma uma panela. As panelas ocorrem quando você se junta para derrubar al­­guém", declarou, após bater boca com cinco torcedores que protestavam pela má campanha no portão do CT. "Nós somos culpados? E quem tirou o Atlético da Segunda Divisão?", questionou Zé.

Segundo Bolicenho, o zagueiro e ex-capitão Antônio Carlos foi o único do quinteto a avisar que não treinará separadamente. O empresário do jogador estará em Curitiba na semana que vem para tentar resolver a situação do defensor.

Outro que vai buscar novos ares é Rafael Moura. O He-Man diz ter sondagens do exterior. Ar­­tilheiro do Paranaense, ele marcou só duas vezes no Brasileiro e virou reserva nas duas últimas rodadas.

"Foi uma decisão de pessoas novas no clube. Gente que tem poucos dias aqui, nos conhecem pouco e conhecem pouco do Atlético. Falei para o Ocimar que nós cinco queríamos dar a volta por cima e tirar o clube dessa", afirmou o centroavante, preocupado com o rótulo de "laranja podre". "Ele (Rafael) me disse que estávamos mexendo nas pessoas mais importantes do Atlético nos últimos anos", contestou Boli­­cenho.

Se existia um racha dentro do time, a direção espera ter resolvido o problema para vislumbrar a fuga da zona de rebaixamento.

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