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Alegando temer represálias, o assistente Júlio Cezar de Lima Santos escondeu o rosto com um papel ao chegar à FPF com Anderson Scatola e Jefferson Piva | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Alegando temer represálias, o assistente Júlio Cezar de Lima Santos escondeu o rosto com um papel ao chegar à FPF com Anderson Scatola e Jefferson Piva| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

TJD admite pena branda no amador

A maior segurança reivindicada pelos árbitros depende de medidas dentro e longe dos campos. Além da falta de policiamento, os profissionais re­­­clamam de menor rigor do Tribunal de Justiça Desportiva (TDJ-PR) no julgamento dos casos relacionados ao futebol amador.

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Falta mão de obra no apito

A AssociaçãoProfissional dos Árbitros de Futebol do Paraná (Apaf) conta atualmente com 235 inscritos, sendo 68 de Curitiba e apenas 58 destes aptos para atuar. Em cada rodada do fim de semana no amador, em torno de 45 são escalados pela Federação Para­­naense de Futebol para trabalhar nos campos da Suburbana. No ano passado, chegaram a ser realizados 90 partidas em um único fim de semana. Nesta temporada o número caiu em um terço.

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Trio denuncia 14. Audiência será em fevereiro

O árbitro Anderson Scatola e os auxiliares Jefferson Piva e Júlio Cezar de Lima Santos deram queixa ontem na 7.ª Delegacia de Polícia contra 14 pessoas envolvidas na confusão ocorrida durante o jogo entre Caxias e União Ahú, no Boqueirão. A primeira audiência – após a intimação de todos os acusados – foi marcada para o dia 1.º de fevereiro de 2010.

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A arbitragem do futebol amador de Curitiba reagiu ontem à violência ocorrida na partida entre Ca­­xias e União Ahú, sábado, no Boqueirão, válido pela Série B da Suburbana. Cerca de 50 integrantes do quadro local – o que representa quase a totalidade dos membros da ativa na capital – assinaram um pedido de retirada da escala para a rodada de sexta-feira, sábado e domingo do futebol amador e categorias de base.

Minutos após o jogo no Estádio João Antônio da Silva, jogadores, simpatizantes e diretores do time visitante atacaram o trio que me­­diava o jogo. Um dos auxiliares foi levado à emergência do Hospital Cajuru com traumatismo craniano (já está recuperado). Esse tipo de incidente, segundo a categoria, vem ocorrendo com frequência nos encontros entre os clubes de bairro da cidade.

"O problema é a falta de policiamento. Ficamos desprotegidos o tempo todo. As viaturas de polícia apenas dão uma passada no local dos duelos", diz Anderson Scatola, juiz do tumultuado embate.

De acordo com vice-diretor do departamento amador da Fede­­ração Paranaense de Futebol, Ge­­nivaldo Santos, a entidade "implora de joelhos por mais segurança". A Polícia Militar, porém, alegaria falta de contingente para acompanhar todos os duelos do fim de semana. "A culpa é do estado", sentencia o dirigente.

Através da assessoria de im­­prensa, a PM alega que recomenda a marcação de confrontos em ho­­rários distintos para facilitar o acompanhamento. Mas o órgão iria verificar as solicitações encaminhadas pela FPF e só depois dar um parecer sobre qual o motivo da ausência de policiais.

Afonso Victor de Oliveira, presidente da Associação Profissional dos Árbitros de Futebol do Paraná (Apaf) e também da Comissão de Arbitragem, mediou todo o conflito estabelecido durante a noite de ontem na sede da FPF. Após reunião com a diretoria da entidade, o dirigente conversou por quase quatro horas com o grupo de apitadores que se insurgiu.

"Houve um ato de solidariedade. Agora vou levar essa decisão à presidência da FPF para saber quais medidas serão tomadas. Irei informar que não tenho gente de Curi­­tiba para trabalhar. Através de um ato administrativo, pode-se trazer o pessoal de outras localidades para su­­prir essa ausência, apesar de to­­do custo que isso representa. Va­­mos ver qual decisão será tomada", contou Oliveira.

Ele dá razão ao protesto. "Não há polícia em nenhum jogo do futebol amador. Não existe contingente suficiente para proteger os campos da cidade. As viaturas da região, quando podem, apenas passam pelo campo. A prioridade é cuidar de homicídios, outros crimes mais graves. Isso todo mundo sabe. Outro dia o (árbitro) Antônio Valdir Santos viveu uma tentativa de agressão no Capão Raso, assim como o Bruno Boschilla, que levou uma cabeçada do treinador do Nova Orleans", conta.

Procurado pela reportagem, o presidente da FPF, Hélio Cury, disse que conversaria com Oliveira antes de tomar alguma decisão definitiva. Porém, com base em dados preliminares sobre o encontro, considerou complicado a entidade bancar a vinda de trios de arbitragem do interior para apitar mais de 30 jogos na mesma semana. Espo­radica­­mente, esse expediente já vem sendo adotado para cobrir lacunas nas escalas.

"É direito da classe dos árbitros tomar essa decisão, embora eu discorde desse caminho. Vou conversar com o Afonso e trocar ideias para ver o que faremos", comentou o presidente.

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