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Athletico encara “crise da bola parada”; em cobrança direta, não marca há 469 dias
| Foto: Albari Rosa

O Athletico tem encontrado dificuldades em cobranças de falta, diretas ou cruzamento. O Furacão não tem um cobrador de falta oficial no elenco e sofre para encontrar um especialista.

O último gol de falta, em cobrança direta, do time principal do Furacão, foi marcado pelo lateral-esquerdo Thiago Carleto, na derrota para o Cruzeiro por 2 a 1, na Arena da Baixada, pela partida de ida das oitavas de final da Copa do Brasil de 2018, em 16 de maio. De lá para cá, são 469 dias, ou seja, mais de um ano e três meses sem um gol em cobrança de falta direta.

Nesta temporada, o meia Nikão marcou contra o General Díaz, na vitória por 2 a 1, mas em amistoso. Marquinho e Matheus Rossetto anotaram no Campeonato Paranaense, contra Operário, pela terceira rodada, e na decisão do segundo turno contra o Toledo, mas ambos pelo time de aspirantes.

“A gente ainda não encontrou nesta temporada um especialista. É um quesito que fizemos muitos gols ano passado e este ano estamos deixando a desejar. Já fizemos uma rotatividade grande de batedores porque, efetivamente, não encontramos. Tem um componente na batida da bola parada que é o dom. O batedor tem uma facilidade de bater na bola, é algo nato”, declarou o técnico Tiago Nunes após a derrota para o Grêmio na última rodada.

Nikão é o principal jogador das bolas paradas, mas não vem em boa fase. Rony e Bruno Guimarães constantemente assumem as cobranças, mas também não deram a reposta desejada. O último a entrar na “rotatividade” de cobranças foi o lateral Adriano, que assumiu a responsabilidade nos dois jogos em que esteve em campo.

E, dos 23 gols anotados no Brasileirão, o Athletico tem apenas quatro originados de bolas paradas: gol contra do zagueiro Werley no 4 a 1 sobre o Vasco após cobrança de falta de Bruno Guimarães; Léo Pereira de cabeça na derrota por 2 a 1 para o Fortaleza após cobrança de escanteio de Nikão; e de pênaltis com Marcelo Cirino e Jonathan, contra Flamengo (derrota por 3 a 2) e Cruzeiro (vitória por 2 a 0), respectivamente.

Problema nacional

A preocupação com gols de falta não é apenas do Furacão. Os números no Campeonato Brasileiro, por exemplo, caem a cada ano. Em 2017 foram 29 gols anotados. No ano passado, 24. O pior ano foi 2017, com apenas 17 gols marcados no quesito. O Brasileirão atual tem seis gols de falta.

O time que mais marcou gols de falta na temporada passada foi a Chapecoense com seis. Destes, três foram dos pés do atacante Arthur Caíke.

O Brasil que sempre teve grandes batedores, como Zico, Juninho Pernambucano e Rogério Ceni, hoje vive uma escassez de bons batedores. Na própria seleção brasileira, o quesito tem sido um problema. O último gol de falta do Brasil foi com Neymar, lá em setembro de 2014, na vitória por 1 a 0 sobre a Colômbia em amistoso.

Próximos jogos do Athletico

  • Athletico x Ceará - 31/8, 19h - Brasileirão
  • Athletico x Grêmio - 4/9, 19h - Copa do Brasil
  • Santos x Athletico - 8/9, 16h - Brasileirão
  • Athletico x Avaí - 15/9, 16h - Brasileirão
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