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Lendária, Bombonera atrai turistas, movimenta economia e Boca projeta modernização
| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo - enviado especial

Por trás do mítico estádio La Bombonera, palco do duelo entre Boca Juniors e Athletico, nesta quinta-feira (9), pela Libertadores, há uma economia fervorosa que gira em torno do clube argentino.

O pobre bairro de La Boca, que é pintado das cores azul e amarelo, basicamente vive da paixão boquense. São diversas lojas e bares típicos que pregam a cultura xeneize. Desde a entrada da Bombonera e do ginásio Bombonerita até o Caminito, rua tradicional da região com rico valor turístico e histórico.

Ponto turístico do bairro, Caminito está a poucas quadras da casa do Boca Juniors. Albari Rosa/Gazeta do Povo - enviado especial
Ponto turístico do bairro, Caminito está a poucas quadras da casa do Boca Juniors. Albari Rosa/Gazeta do Povo - enviado especial

A Bombonera é uma forte atração de Buenos Aires. O Museu de La Pasion Boquense recebe cerca de 300 visitantes em dias normais -– número que sobe para 2 mil aos finais de semana. Ao preço médio de R$ 50 para ver a extensa sala de troféus (só da Libertadores, são seis títulos), tirar uma foto na arquibancada, conhecer vestiários e tribunas.

Alguns dos troféus do Boca Juniors. Albari Rosa/Gazeta do Povo
Alguns dos troféus do Boca Juniors. Albari Rosa/Gazeta do Povo

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Dentro da própria visita, funcionários do museu ainda oferecem ‘serviços extras’ para uma foto especial com algum troféu gigante em mãos ou conhecer uma parte do estádio que não esteja no tour. O entorno também é interessante. Maradona, claro, é a figura central.

Tevez e Riquelme são atrações em frente da Bombonera. Albari Rosa/Gazeta do Povo
Tevez e Riquelme são atrações em frente da Bombonera. Albari Rosa/Gazeta do Povo

Os ídolos são exaltados pelos xeneizes: Riquelme, Palermo, Rattín, Tévez e por aí vai. Lionel Messi, que nunca jogou profissionalmente na Argentina, também aparece.
Assistir aos jogos do Boca e o show da torcida La Doce é uma tarefa que custa caro. Como o clube possui mais de 100 mil sócios, quase não sobram ingressos. Em jogos de competições na Argentina não existe espaço para o setor visitante, diferentemente dos atleticanos que tiveram direito a carga de 10% de ingressos por conta do regulamento da Conmebol.

Ao fundo, a arquibancada onde fica La Doce.  Albari Rosa/Gazeta do Povo
Ao fundo, a arquibancada onde fica La Doce. Albari Rosa/Gazeta do Povo

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Por isso os ingressos são vendidos por agências de turismo. É a forma mais cara, porém menos arriscada (o torcedor pode tentar a sorte com cambistas nos dias de jogo, por exemplo). No entanto, os preços são salgados e podem chegar até a R$ 400 por um jogo do campeonato argentino.

Mas o charmoso estádio pode estar com os dias contados. Existe um projeto para a reforma total e modernização da Bombonera, ideia defendida pelo atual presidente Daniel Angelici desde 2011. A ideia de construir uma arena é vista com rejeição pela torcida, que tem peso enorme na vida política boquense. De concreto há atualmente o projeto para ampliação da capacidade de 49.000 lugares para 64.000. O clube já comprou cerca de 3 hectares atrás do estádio, mas o custo de R$ 200 milhões em obras travou o projeto com a economia do país em crise. O espaço atualmente é utilizado apenas para recreação.

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